O ditado popular “quando a ferramenta que temos na mão é um martelo, tudo à nossa frente vira um prego”, reflete uma das leis mais fundamentais do comportamento, que é a lei do reforço: se o martelo já foi usado alguma vez para fixar pregos, e prestou-se para isto, é quase fatal que se tente utilizá-lo de novo, quando se quiser fixar alguma coisa (mesmo que essa coisa não seja um prego). Esta lei torna-se mais imperiosa quando não se tiver nada melhor do que o martelo para se utilizar como ferramenta. Talvez seja isto que esteja acontecendo com as técnicas derivadas das pesquisas feitas por analistas do comportamento. Com a urgência de solucionar uma gama de transtornos para os quais não se tinha respostas eficazes, o aparecimento de algumas técnicas pode ter gerado uma tendência a utilizá-las indiscriminadamente.
Algumas técnicas utilizadas:
• Relaxamento muscular progressivo
• Controle da respiração
• Dessensibilização sistemática
• Treino de habilidade social (THS)
• Treino de assertividade
• Exposição
• Reestruturação cognitiva
As técnicas comportamentais são boas, são válidas, são úteis. Mas precisam ser empregadas num contexto terapêutico, e seu emprego ser decorrente da análise funcional, formulada por um profissional habilitado para isto. Não podemos deixar que as pessoas transformem tudo em prego, só porque lhes demos um martelo.
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