segunda-feira, 5 de julho de 2010

Técnicas cognitivo-comportamentais

O ditado popular “quando a ferramenta que temos na mão é um martelo, tudo à nossa frente vira um prego”, reflete uma das leis mais fundamentais do comportamento, que é a lei do reforço: se o martelo já foi usado alguma vez para fixar pregos, e prestou-se para isto, é quase fatal que se tente utilizá-lo de novo, quando se quiser fixar alguma coisa (mesmo que essa coisa não seja um prego). Esta lei torna-se mais imperiosa quando não se tiver nada melhor do que o martelo para se utilizar como ferramenta. Talvez seja isto que esteja acontecendo com as técnicas derivadas das pesquisas feitas por analistas do comportamento. Com a urgência de solucionar uma gama de transtornos para os quais não se tinha respostas eficazes, o aparecimento de algumas técnicas pode ter gerado uma tendência a utilizá-las indiscriminadamente.
Algumas técnicas utilizadas:
• Relaxamento muscular progressivo
• Controle da respiração
• Dessensibilização sistemática
• Treino de habilidade social (THS)
• Treino de assertividade
• Exposição
• Reestruturação cognitiva
As técnicas comportamentais são boas, são válidas, são úteis. Mas precisam ser empregadas num contexto terapêutico, e seu emprego ser decorrente da análise funcional, formulada por um profissional habilitado para isto. Não podemos deixar que as pessoas transformem tudo em prego, só porque lhes demos um martelo.

Fonte: TÉCNICAS COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS E ANÁLISE FUNCIONAL (Roberto Alves Banaco)

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