segunda-feira, 30 de setembro de 2013

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Comportamento em foco

Acabou de sair o 2º volume da coleção Comportamento em foco (ABPMC), sucessora da coleção Sobre Comportamento e Cognição.
Leia o segundo volume clicando aqui
Boa leitura!!!

sábado, 21 de setembro de 2013

O domínio da tecnologia afetando as relações interpessoais.




O dia que Einstein temia chegou, essa “geração de idiotas” pode ser vista por todos os cantos das várias cidades sem distinguir classe social; mas acho forte dizer “geração de idiotas” e prefiro dizer “geração de pessoas com um pobre repertório comportamental”.
Já pararam para observar como estão ficando, o almoço de domingo, o encontro entre amigos, os intervalos dos colégios? As pessoas ficam o tempo todo checando o seu smartphone, iphone ou tablet, estão totalmente conectadas e imersas no seu mundo virtual, ignorando o que se passa em seu redor. Muitas vezes as pessoas estão uma ao lado da outra, mas se utilizam dessa tecnologia se comunicando pelo WhatsApp, Skype ou pelo famoso facebook.
De fato é bem mais prático utilizar-se desses recursos para se comunicar; por exemplo, se precisamos pedir um favor a um colega de trabalho podemos simples e rapidamente enviar uma mensagem, ao invés de ter que emitir uma classe de respostas (levantar-se da cadeira, abrir a porta, ir até a sala do colega, olhar para o colega, falar com o colega, ver a reação do colega). As tecnologias proporcionam conhecimentos e facilidades impressionantes, mas ao mesmo tempo ela está encurtando essa classe de respostas, está afastando as pessoas, provocando um isolamento social. O contato físico, as conversas face a face estão se extinguindo e uma geração de pessoas com um pobre repertório de habilidade social está surgindo.
As habilidades sociais podem ser entendidas como o conjunto de comportamentos aprendidos verbais e não verbais (expressão facial, postura, contato visual, gestos, aparência física), que requerem iniciativa e respostas e que afetam a relação interpessoal (Maher e Zins, 1987).
Para Caballo (1996), o comportamento socialmente habilidoso é o conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo em uma situação interpessoal que expressa seus sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou seus direitos, de um modo adequado ao contexto em que estiver inserido, respeitando o direito do outro e resolvendo e minimizando problemas ou a probabilidade futura dos mesmos.
Ao enviar uma mensagem ao colega de trabalho solicitando um favor, deixamos de perceber como nosso colega irá reagir ao pedido, assim como deixamos de expressar nossos sentimentos, nossas opiniões. Na mensagem é permitido fazer edições tornando-a atraente e caso a resposta seja positiva, a probabilidade de que este artifício seja novamente utilizado torna-se alta. Mandar a mensagem foi consequênciada por uma resposta positiva - “sim”. E se a resposta for negativa? É bem provável que iremos nos esquivar deste colega por um bom tempo. Deixaremos de nos relacionar com um colega por um simples “não” e deixaremos de compreender os reais motivos dele ter negado o favor, deixaremos de expressar nossos sentimentos em relação à atitude de nosso colega. Aqui a mesma resposta “mandar a mensagem” foi consequênciada por uma resposta negativa – “não”.
O famoso facebook é uma ferramenta utilizada por milhares de pessoas, onde elas postam tatos e mandos disfarçados, revelando mais uma vez a falta de habilidade social desses usuários. O tato é o operante verbal que faz contato com o mundo, ou seja, pode descrevê-lo. Ao emitir um tato, o falante está dizendo a respeito de algo, descrevendo o que é sentido ou um evento ocorrido. O mando disfarçado pode evidenciar dificuldade por parte do falante de se comportar assertivamente, assim como pode evidenciar uma maneira de se esquivar de possíveis punições. São exemplo de mando respostas verbais tradicionalmente chamadas de ordens, pedidos e avisos. Skinner salienta que o repertório verbal de mandos, em geral, opera em benefício do falante, uma vez que produz como conseqüência um reforçador específico.
É comum observar nos status desses usuários expressões de afetos, amor, raiva, pedidos de mudança no comportamento da outra pessoa, solicitação de favores, pedidos de desculpas, pedidos de amizades. Há formas mais positivamente reforçadoras de se solicitar algo a alguém, mas o facebook tornou-se um aliado para esses usuários, uma vez que nele as punições são mais fáceis de serem “encaradas”.
Essa nova geração que Einstein nomeou de “geração de idiotas” é uma geração que se beneficia da tecnologia, porém é uma geração onde a habilidade para falar ou se comunicar frente a frente, olho no olho está se tornando rara.



O uso da tecnologia se utilizado com parcimônia só tem a contribuir com seus usuários.


Referências
 CABALLO, V. E. (1996). Manual de técnicas de terapia e modificação do comportamento. Ed. Santos, São Paulo.
Maher, C.A. e Zins, J. E. (1987). Psychoeducational interventions in the school. Pergamon Press, New York.
SANTOS, G. M.; SANTOS, M. R. M.; CUNHA-MARCHEZINI, V. (2012). Operantes Verbais. In: Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Nicodemos Batista Borges [et al.]. Porto Alegre : Artmed.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Máquina de Testes x Máquina de Ensinar

Saiu no Jornal o Estado de São Paulo, o famoso Estadão: 

Escola da Rocinha vira modelo para colégios municipais do Rio

Programa de avaliação dos alunos está sendo usado nas escolas com mais baixo desempenho da rede municipal, explica secretária de Educação da cidade.

Encravada na Favela da Rocinha, no Rio, a Escola Municipal André Urani foi criada neste ano e já é um modelo de educação no País, pelo uso das ferramentas tecnológicas de ensino. No computador, cada estudante segue um caminho individual, que reúne o que ele precisa aprender. O itinerário tem opções de exercícios, e o aluno escolhe o que fará. Ao mesmo tempo em que o ritmo de aprendizado de cada um é respeitado, professores acompanham o que o aluno está aprendendo. 
Semanalmente, o estudante é avaliado na Máquina de Testes, um programa que apresenta questões com diferentes níveis de dificuldade. A máquina registra os níveis alcançados e, se o resultado não for adequado, o próprio programa o encaminha às aulas de reforço e jogos referentes aos conteúdos considerados mais difíceis pelo aluno, no portal de aulas digitais da Secretaria Municipal de Educação do Rio, o Educopédia.
Aspectos desse modelo, como a Máquina de Testes, estão sendo ampliados para outras escolas da rede, conta a secretária de Educação da cidade, Cláudia Costin. "O programa, que detecta carências no aprendizado, já está sendo utilizado nas instituições que possuem os mais baixos desempenhos do município, para que a aprendizagem seja mais focada", diz.
Confira a reportagem original clicando aqui

Assim que vi essa reportagem lembrei-me de Skinner e sua famosa Máquina de ensinar.



domingo, 15 de setembro de 2013

Colunista do comporte-se

Olha aí uma bela oportunidade....não custa nada tentar!!!!

QUER SER NOSSO COLUNISTA? Esta é sua oportunidade! Para ser colunista do Comporte-se, você precisa: - Gostar de Análise do Comportamento - Possuir domínio adequado dos conceitos da abordagem - Ter facilidade com prazos. Para ser um colunista do Comporte-se você precisa cumprir os requisitos de assiduidade e domínio do tema sobre o qual redigiu. Você fará parte de um cronograma de postagens bimestral cujo processo de submissão e publicação atende às seguintes etapas: 1) envio do texto para revisão em data pré-estabelecida; 2) aguardo da revisão por revisor designado pelo Comporte-se; 3) recebimento de parecer com aprovação; reprovação ou aprovação com alterações; 4) publicação do artigo no Comporte-se com as devidas correções realizadas, se necessário, e aprovadas pelo revisor. Entre a data de submissão e a de publicação bem como entre a publicação e a submissão seguinte, há um intervalo de quatro semanas, mantendo assim o esquema de uma publicação a cada dois meses. Cada colunista publica sobre um tema específico. Exemplos: Cinema e Análise do Comportamento, Clínica Infantil, Autismo ou outros. As publicações são em forma de artigos com até 3 páginas, excluindo-se o espaço gasto pelas referências. A linguagem deve ser simples, mas conceitualmente bem fundamentada. Caso tenha interesse, envie um artigo nestas configurações, fonte times new roman 12, para contato@comportese.com

Maiores informações no site do Comporte-se: http://www.comportese.com/

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