quarta-feira, 30 de junho de 2010

AT

Aqui no interior de São Paulo este tipo de profissional não é muito conhecido; o trabalho do acompanhante terapêutico (AT) é percebido como coadjuvante no tratamento, exercendo um papel ativo e, muitas vezes, de crucial importância para o sucesso deste, por atuar diretamente no ambiente em que o paciente está inserido

Mas afinal o que é o AT?
O Acompanhamento Terapêutico é um atendimento diferenciado, realizado por profissionais da área de saúde e voltado para aquele paciente que demanda um trabalho mais intensivo de acompanhamento em situações externas. É um trabalho exercido no cotidiano do paciente, permitindo-lhe lidar com seus medos, conflitos, dificuldades, ansiedades. O Acompanhamento Terapêutico é um recurso clínico direcionado às pessoas que tem dificuldade de se socializar, ou lidar com as relações existentes no mundo.
De início, o trabalho de AT (Acompanhante Terapêutico) era voltado somente para a área da loucura, mas sabemos que a clínica do AT está em constante crescimento e aprimoramento, que seu trabalho diz respeito a um auxílio em tempo real, o AT está com o paciente ali, no seu dia a dia, fazendo as atividades em conjunto (o que significa que o trabalho do AT não é só o de escuta do discurso, é o de fazer), sendo assim, observamos que o trabalho do AT tem se estendido para outros campos, como deficiência mental, intervenções cirúrgicas, acidentados, etc e essa mudança já pode ser vista na prática.
É com a ajuda do AT que o paciente se encoraja a iniciar um contato com o mundo, fazer amigos, participar de atividades sociais. Existe nesse contexto, na prática do AT, a possibilidade do paciente caminhar para um crescimento e transformação de sua vida e saúde.
O A.T é indicado para qualquer faixa etária, assim como para atender pacientes pré e pós-cirúrgicos, sindrômicos, deficientes físicos e mentais, dependentes químicos, pacientes psiquiátricos, terceira idade, depressivos (pós-parto, luto e separações), pacientes terminais e casos em que o paciente se recusa a freqüentar o consultório ou esta freqüência é contra-indicada (Zamignani, 1996, p.77-90).

Como trabalha o Acompanhante Terapêutico?
O trabalho do A.T. consiste em estar com o cliente em diferentes situações e contextos, acompanhando-o por lugares rotineiros dentro de seu espaço, ou seja, nas ruas de seu bairro, de sua cidade, no seu ambiente familiar ou nos momentos de lazer, buscando ampliar seu repertório de habilidades sociais e desenvolvendo estratégias de enfrentamento para suas dificuldades.
O A.T. tem a grande vantagem de estar mais próximo da realidade do paciente, já que irá participar diretamente em suas ações, podendo analisar e sinalizar ao mesmo momento seus comportamentos e conseqüências.

Neste trabalho o AT tem como objetivos:
• Dar apoio psicológico ao paciente;
• Servir como facilitador como agente mediador entre ele e a realidade;
• Ser um agente ressocializador;
• Auxiliar na dinâmica familiar;
• Facilitar a realização de tarefas e atividades diárias do paciente;
• Ser um agente complementar e dar continuidade ao trabalho com o psicoterapeuta e/ou com o psiquiatra.


ZAMIGNANI, Denis Roberto. O trabalho de Acompanhamento Terapêutico: A prática de um Analista do Comportamento. Revista Biociências, 3 (1); 77-90. Taubaté, 1997.

ZAMIGNANI, D. R. Qual é o lugar do AT numa equipe multiprofissional? Texto apresentado durante o VII Encontro Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental. Campinas, setembro de 1998.

Terapia analítico-comportamental

Gente vou compartilhar com vocês uma pequena resenha que fiz do livro "Terapia analítico-comportamental: dos fundamentos filosóficos à relação com o modelo cognitivista" de  Nazaré Costa.
O livro é bem estruturado e de fácil compreensão. É bastante didático no que diz respeito à apresentação dos behaviorismos e de aspectos das terapias analítico-comportamental e cognitivo-comportamental. É recomendado como recurso para o ensino de novos terapeutas, para alunos e interessados na abordagem.


Terapia analítico-comportamental: dos fundamentos filosóficos à relação com o modelo cognitivista. 

Este livro retrata a trajetória acadêmico-científica da autora, psicóloga formada pela Universidade Federal do Pará e mestre pela mesma universidade. A autora demonstrou interesse pelo assunto desde a sua graduação e a partir deste período começou a escrever e apresentar trabalhos sobre o Behaviorismo e Análise do Comportamento.
No capítulo 1 “Os Behaviorismos”, a autora descreve sobre os diferentes behaviorismos. Apresenta o Behaviorismo Clássico ou Metodológico de Watson, os Neobehaviorismo Mediacionais de Tolman e Hull e o Behaviorismo Radical de Skinner.
O capítulo 2 relata a história e terminologias das terapias comportamentais.
O processo analítico-comportamental é definido como um trabalho terapêutico que se fundamenta no Behaviorismo Radical e utiliza os princípios da Análise do Comportamento no contexto clínico, objetivando identificar e analisar funcionalmente as variáveis externas que estão controlando os comportamentos do cliente. A Terapia Analítico-Comportamental (TAC) é dividida em três etapas: inicial (avaliação), intermediária (intervenção) e terminal (acompanhamento ou follow up).
No capítulo 3, a autora trata da subjetividade através das concepções de Skinner. Para explicar a subjetividade Skinner recorre às contingências ambientais de reforçamento que atuam em três níveis diferenciados: filogenético, ontogenético e cultural. Compreender a subjetividade implica compreender, em particular, o nível cultural ao qual ela está mais estritamente relacionada (Andery, 1997 in Costa). Alguns autores tecem críticas a está interpretação skinneriana de subjetividade.
A autora ainda discute sobre a subjetividade na terapia analítico-comportamental. Este capítulo serviu para reforçar que os analistas do comportamento têm demonstrado grande interesse pelo estudo dos eventos privados (subjetividade), ao contrário do que se pensava antes, de que os adeptos ao behaviorismo só estudavam comportamentos observáveis. Não se pode falar em TAC sem fazer referencia à subjetividade, simplesmente porque a subjetividade é indissociável das contingências (cf. Oliveira, 2001).
O capítulo 4 fala sobre a Psicoterapia Cognitivo-Comportamental, suas origens, definições, fundamentos, influências e procedimentos.
Várias foram as influências no surgimento da terapia cognitivo-comportamental, entre elas a psicanálise de Freud, fenomenologia de Kant, Heidegger e Husserl, teoria cognitivista de Piaget, a REBT de Albert Ellis e a Terapia comportamental de Mahoney, Goldfriend e Davison (Beck e cols.,1979).
A autora enfatiza os trabalhos de Beck neste capítulo. Beck desenvolveu um modelo cognitivo de psicoterapia para o tratamento da depressão, modelo este que foi aperfeiçoado por ele e seus colaboradores em seus aspectos teóricos e aplicados para dar origem à moderna terapia cognitiva. Nazaré Costa também faz referencia a algumas técnicas comportamentais que são utilizadas pela terapia cognitiva.
O Behaviorismo e o Cognitivismo são duas vertentes que se aproximam e se complementam e serão melhores definidos no capítulo 5.
O capítulo 5 propõe-se a identificar alguns limites da integração entre os modelos de intervenção da Terapia analítico-comportamental e da terapia cognitiva de Beck, confrontando proposições teóricas de orientações behavioristas e cognitivistas e certos aspectos da condução do processo terapêutico em cada um dos tipos de intervenção (Costa, 2002). A autora apresenta trechos de dois atendimentos sendo um em terapia cognitiva e outro em terapia analítico-comportamental. Fazendo-se a análise das sessões percebe-se que tanto a intervenção cognitiva quanto a analítico-comportamental estão voltadas para a resolução de problemas específicos, são diretivas, enfatizam o tempo presente e discutem explicitamente com o cliente as hipóteses para a origem e a manutenção dos problemas (Costa, 2002).
A autora finda este capítulo sugerindo semelhanças e distinções entre o processo terapêutico analítico-comportamental e o cognitivo.
O capítulo 6 tem como objetivo caracterizar a movimento integracionista entre Behaviorismo e Cognitivismo, levantar algumas hipóteses para o movimento ter iniciado no contexto clínico e levantar implicações que a tendência de integração possa trazer para a comunidade de terapeutas analista-comportamentais.

Costa, N. (2002). Terapia analítico-comportamental: dos fundamentos filosóficos à relação com o modelo cognitivista. 1ª Ed. Santo André, SP: ESETec Editores Associados.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Comportamento de procrastinar

É freqüente a queixa de pessoas que não suportam o próprio hábito de deixarem tudo para depois. Quando simplesmente não deixam para depois, essas pessoas se desviam tanto do objetivo principal durante a preparação para aquilo que deveriam fazer que acabam não fazendo mesmo.
A pessoa que procrastina levanta com o firme propósito de que hoje, decididamente, começará a preparar seu currículo no computador, estudar para prova da semana que vem. Bem, mas para começar é importante dar uma arrumadinha na cadeira do escritório que está com a rodinha emperrada. Ok. Para isso de comprar um lubrificante naquela casa comercial maravilhosa onde tem de tudo. Já que esta na rua aproveita para passar numa sorveteria onde toma um sorvete delicioso, depois passa na banca de revistas, vai para casa, mas já é hora do almoço. Depois do almoço começa a lubrificar a cadeira do escritório e aproveita para ver o que mais precisa de lubrificação em casa. Já está quase na hora da academia. Pronto!!! Hoje não dá mais tempo de preparar o currículo ou de começar a estudar.
Chama-se procrastinação a protelação ou adiamento de uma ação decidida ser necessária. Mas evitar tarefas nem sempre é preguiça ou doença. Cogita-se que 80% das pessoas procrastinam com certa freqüência e, como consolo, provavelmente 99% das pessoas devem procrastinar de vez em quando.

As pessoas tendem naturalmente a procrastinarem a dieta, a arrumação dos armários, check-up médico, entrega da declaração do Imposto de Renda (veja que mais da metade dos contribuintes entrega a declaração nos últimos dias, apesar do prazo de dois meses para isso) e outras coisas que, convenhamos, são bastante aborrecedoras.
Um exemplo bem simples é de estudantes que só estudam para prova no dia anterior. Por que eles procrastinam o estudo, deixam para estudar na véspera? Por que procrastinamos tanto??? Penso que faltam esquemas de reforçamento, ou eles não estão sendo bem utilizados. Nas escolas normalmente as provas são mensais então os alunos estudam duramente uma vez por mês (bom, pelo menos na minha época era assim, eu só estudava duramente um vez por mês). E se as provas passassem a ser semanal, do tipo aleatórias? Os alunos teriam que estudar toda semana, ou melhor todos os dias; tive um professor no cursinho que sempre falava "aula dada, aula estudada", consequentemente o comportamento de estudar será mantido; estudar torna-se um hábito. Prova toda semana (esquema de intervalo fixo), elimina comportamento de procrastinação e incentiva o estudo.
A procrastinação merece atenção especializada quando resulta em prejuízo sócio-ocupacional significativo, quando produz acentuado estresse, ansiedade, angústia, depressão e graves sentimentos de vergonha e de culpa pelo não cumprimento de responsabilidades e compromissos.
Diversas explicações já foram tentadas para explicar esse comportamento, tais como medo do fracasso, mentalidade autodestrutiva, perfeccionismo paralisante e muitas outras alegações que soam mais como uma fantasia teórica do que uma realidade constatada. Em termos do prazer, pesar o presente versus o custo e benefício de ações futuras parece ser a dinâmica emocional predominante dos procrastinadores.
Na questão das hipóteses psicológicas uma exceção deve ser comentada; no Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) grave a procrastinação é, de fato, devida ao ritual perfeccionista. No TOC grave, a rigidez dos rituais é tão cansativa que acaba por desencorajar o paciente a executar determinadas tarefas. A eventual procrastinação do banho no paciente com TOC se deve aos exaustivos rituais que a doença obriga a realizar. Esses rituais tornam o banho exageradamente demorado e cansativo, fazendo com que o paciente acabe protelando-o seguidamente. Fora disso, as explicações psicológicas que encontramos em inúmeros textos não se sustentam.
Na realidade o que se observa de concreto é o seguinte: a maioria das pessoas não procrastina atividades prazerosas, tais como comer, beber, assistir filmes, ouvir música e assim por diante. Jogar um futebolzinho com amigos não é procrastinado, enquanto fazer o mesmo esforço físico em academia de ginástica tem uma enorme chance de ser protelado.
O psicólogo Joseph Ferrari, da Universidade De Paul, do estado americano de Illinois, autor do livro Procrastination e de vários artigos (Ferrari, 2005) estudou esse comportamento em países tão distintos como Austrália, Estados Unidos e Venezuela para comprovar que não se trata de um comportamento de raízes culturais, mas uma conduta intrínseca ao ser humano.
Ferrari faz um comentário bem humorado sobre a tendência natural à protelação citando que “a maioria de nós começa o dia procrastinando, ao apertar aquele botão do despertador que permite ficarmos na cama por mais cinco minutinhos”. A procrastinação e suas conseqüências emocionais talvez resultem da contraposição entre o tempo psicológico de cada um, geralmente em concordância com os desejos, e o tempo social, definido pela cronologia cultural e baseado na racionalidade absoluta.
A falta de autocontrole que acaba fazendo com que as pessoas adiem atividades para as quais deveriam dar prioridade pode parecer uma forma impulsiva de comportamento ou uma perda do senso crítico e racional da situação. Mas o assunto é muito mais complexo. É tão complicado a ponto de encontrarmos freqüentemente textos alegando que “aquele que procrastina prioriza coisas menos importantes em vez de direcionar suas ações para aquilo que seria mais necessário realizar”. Ora, primeiramente devemos nos preocupar em saber o que é uma coisa menos importante, e para quem é menos importante.
O bom senso, estimulado pela psicopatologia, recomenda que a procrastinação deva merecer atenção especial quando produz sofrimento. Os exemplos desse sofrimento são variadíssimos; instabilidade familiar, perda econômica, ansiedade, estresse, sentimentos de culpa, perda da produtividade, baixo rendimento escolar e assim por diante.


Ballone GJ, Mania de deixar tudo para depois - Procrastinação, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, 2010.


Aiai...estou com comportamento de procrastinação, empurrando com a barriga meu poster para o congresso da ABPMC...rsrs.....mas não deixo de ir à academia, assistir TV, etc...quem nunca procrastinou levanta a mão!!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Potencial de nosso cérebro

Saindo um pouco da AC e voltando lá nas aulas de neuroanatomia...eca!!! Tive essas aulas na faculdade e confesso que não era uma das minhas preferidas, mas sobrevivi a elas..rs...Mas voltando ao que interessa leia o texto abaixo.

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo.
O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
Sohw de bloa.

CALMA!!! VOCÊ NÃO SOFRE DE DISLEXIA, MAS TENHO CERTEZA QUE VOCÊ CONSEGUIU LER, ISSO ACONTECE PORQUE NOSSO REBRO É PLÁSTICO. PLÁSTICO??? SIM, PLÁSTICO, PLASTICIDADE, MALEÁVEL.

A plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões em função das necessidades e dos fatores do meio ambiente.
Há alguns anos atrás, admitia-se que o tecido cerebral não tinha capacidade regenerativa e que o cérebro era definido geneticamente, ou seja, possuía um programa genético fixo. No entanto, não era possível explicar o fato de pacientes com lesões severas obterem, com técnicas de terapia, a recuperação da função.
Porém, o aumento do conhecimento sobre o cérebro mostrou que este é muito mais maleável do que até então se imaginava, modificando-se sob o efeito da experiência, das percepções, das ações e dos comportamentos.
Deste modo, podemos referir que a relação que o ser humano estabelece com o meio produz grandes modificações no seu cérebro, permitindo uma constante adaptação e aprendizagem ao longo de toda a vida. No texto acima, inicialmente é difícil ler, mas depois o seu cérebro se adaptou com o embaralhamento e você leu facilmente. Assim, o processo da plasticidade cerebral torna o ser humano mais eficaz.
A plasticidade cerebral explica o fato de certas regiões do cérebro poderem substituir as funções afetadas por lesões cerebrais. Como tal, uma função perdida devido a uma lesão cerebral pode ser recuperada por uma área vizinha da zona lesionada. Contudo, a recuperação de certas funções depende de alguns fatores, como a idade do indivíduo, a área da lesão, o tempo de exposição aos danos, a natureza da lesão, a quantidade de tecidos afetados, os mecanismos de reorganização cerebral envolvidos, assim como, outros fatores ambientais e psicossociais.
Porém, a plasticidade cerebral não é apenas relevante em caso de lesões cerebrais, uma vez que ela está continuamente ativa, modificando o cérebro a cada momento. Os mecanismos através dos quais ocorrem os fenômenos de plasticidade cerebral podem incluir modificações neuroquímicas, sinápticas, do receptor neuronal, da membrana e ainda modificações de outras estruturas neuronais.
Skinner fala sobre o modo como aprendemos: não guardamos uma cópia das informações em nosso cérebro, mas as nossas conexões sinápticas e estrutura cerebral são modificadas à medida em que experienciamos o mundo.

"(...) O que exatamente acontece no cérebro durante o aprendizado? As sinapses, pontos de troca de informação entre neurônios, mudam. As que foram usadas com sucesso são fortalecidas, enquanto as que levaram a erro ou não serviram para nada são enfraquecidas, algumas a ponto de atrofiarem e desaparecerem."
Como sugere a citação, aquelas sinapses responsáveis por condutas que obtém sucesso no ambiente - geram reforço, atingem algum objetivo - tendem a se fortalecer; e, por consequência, aquela conduta terá sua probabilidade de ocorrência aumentada. Por outro lado, as sinapses responsáveis por condutas que levaram ao erro (punição?) ou não serviram para nada (não geraram reforço?) tendem a desaparecer e, por consequência, a conduta tem menores chances de voltar a ocorrer. (este trecho encontra-se no blog “Comporte-se”-http://www.comportese.com )

Exercite seu cérebro, fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.


35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

terça-feira, 22 de junho de 2010

A Psicologia de B. F. Skinner (4/9)

...tente buscar a maior amostra de repertórios comportamentais que puder no seu aluno.....
Skinner é extremamente pós moderno na concepção de ensino....


sábado, 19 de junho de 2010

A Psicologia de B. F. Skinner (1/9)

OBS: Profª Dra. Martha explica de forma excelente e clara, os videos são bons, salvo algumas falhas....neste 1º vocês verão que num dado momento o narrador se refere a condicionamento operante de cães feito por Skinner....aiaiai.....na verdade é condicionamento respondente, e foi realizado por Pavlov (quem não conhece o famoso experimento do cão de Pavlov????)...bom...o que vale a pena ver nesta sequência de vídeos que colocarei aqui são as explicações da Profª Dra. Maria Martha C. Hübner...  

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Relação terapêutica na AC

A relação terapêutica tem sido considerada um elemento fundamental em todas as formas de psicoterapia. Um número crescente de autores na tradição cognitivo-comportamental tem enfatizado a importância de considerar o relacionamento terapêutico como instrumento de mudança (Safran, 2002).
A importância de tal relação foi apontada por Guilhardi (1997), que afirmou que em uma sessão de terapia, os dados disponíveis para análise são os relatos do cliente e a relação terapêutica. Kerbauy (1999) complementou afirmando que as variáveis relevantes em clínica são categorias amplas que incluem resistência à mudança, relacionamento terapêutico e interação entre terapeuta e cliente.
Há autores que consideram o vínculo terapêutico um meio para facilitar outros aspectos importantes do processo de mudança, para aumentar o valor reforçador do terapeuta, levando a um maior engajamento na terapia, e também para modelar comportamentos adequados, promovendo expectativas positivas e soluções para superar resistências (Raue e Goldfried, 1994).
Nessa direção Rangé (1995) afirma que a relação terapêutica poderá exercer influência positiva, se o terapeuta tiver participação efetiva no tratamento, já que, tendo-se desenvolvido uma relação terapêutica positiva, o cliente sente-se suficientemente confortável para fornecer as informações necessárias para a terapia (Lettner, 1995). Da mesma forma, para Shinohara (2000), a relação terapêutica é vista como fator determinante do processo terapêutico, a qual pode facilitar o trabalho e a possibilidade de atingir metas, caso se estabeleça um clima de confiança e acordo harmonioso.
Frank e Frank (1993) demonstraram que os clientes que avaliaram de forma positiva seus terapeutas foram justamente aqueles que atingiram mais efetivamente seus objetivos (adesão total). Marziali (1984, in Rangé, 2001) também apresentou dados indicando que a concordância entre terapeuta e cliente sobre a qualidade da relação terapêutica foi fator preditivo para a efetividade do tratamento; ou seja, quanto maior ou de mais qualidade a aliança terapêutica, maior a efetividade da terapia.
Schindler, Hohenberger-Sieber e Hahlwerg (1989 in Rangé, 2001) afirmaram que a negligencia à relação terapêutica pode ser considerada como uma das maiores explicações para o fracasso do tratamento (reconhecimento pelo abandono prematuro da terapia e/ou pelo não-cumprimento dos objetivos iniciais). Decorre desse raciocínio que o planejamento do trabalho a ser realizado pelo terapeuta deve incluir as especificidades necessárias para o estabelecimento de uma relação terapêutica adequada (Vinck, Verhaeren, e Pierloot, 1998 in Rangé, 2001).
Os autores mais consagrados na literatura de terapia comportamental e relação terapêutica são Robert J. Kohlenberg e Mavis Tsai, os quais desenvolveram a Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) baseada no conceito de reforçamento em situação clínica e generalização ao ambiente externo. O trabalho é realizado por intermédio da observação e intervenção nos comportamentos clinicamente relevantes (CRBs) que ocorrem na presença do terapeuta. Esses comportamentos são divididos em três tipos: CRB1 refere-se aos problemas do cliente; CRB2, aos progressos do cliente; e CRB3 às interpretações do cliente sobre seu próprio comportamento (Kohlenberg e Tsai, 2001).
O conceito de aliança terapêutica é visto como um CRB2 por Kohlenberg e Tsai, os quais consideram a aliança um importante componente da relação cliente-terapeuta. Essa aliança gira em torno da habilidade do cliente de se envolver com a auto-observação, facilitando, portanto, outros CRBs (Kohlenberg, e Tsai, 2001). Em outras palavras, o terapeuta deve ser sensível o suficiente para identificar o tipo de relação terapêutica necessitada pelo cliente. É essa sensibilidade e a relação humana de aceitação e interesse que tem função terapêutica.
Outra forma de pensar a relação terapêutica é a considerando positiva quando há semelhança entre os objetivos do terapeuta e do cliente para a terapia. Se ambos dividem metas, significa que haverá colaboração mútua, ampliando a possibilidade de o tratamento ser bem sucedido. Essa definição de boa relação terapêutica deixa implícito algo bastante interessante: a importância da participação do cliente na terapia. O profissional deixa de ser pensado como alguém com conhecimento superior que ajudará alguém com problemas. Ambos passam a ser iguais em uma relação, sendo que um deles tem o objetivo de facilitar as descobertas do outro.

Referências
Britto, I. A. G. S.; Oliveira, J. A.; Sousa, L. F. D. (2003). A relação terapêutica evidenciada através do método de observação direta. Rev. bras.ter. comport. cogn., dez. vol.5, no.2, p.139-149.
 
Safran, J. D. (2002). Ampliando os limites da terapia cognitiva: o relacionamento terapêutico, a emoção e o processo de mudança. Porto Alegre: Artmed.
 
Shinohara, H. (2000). Relação terapêutica: o que sabemos sobre ela? In R. R. Kerbauy (Org.), Sobre comportamento e cognição 5 (pp.229-233). Santo André: ARBytes Editora.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Felicidade para AC (1)

Hoje as flores têm uma cor especial, os pássaros cantam mais, o sol brilha com uma nova força e esta noite as estrelas sorrirão pelo nascimento da Isabela Sayuri Shimabukuro Sakata.


O que é felicidade para a AC?
A felicidade é uma classe de comportamentos que se aprende e se treina. Aprendemos desde pequeno que devemos sorrir em momentos certos, demonstrar tristeza em outros. Aprendemos esses comportamentos com nossos pais, que são nossos modelos....Mas às vezes choramos em momentos de alegria, damos risadas em situações de tensão....por isso definir felicidade é dificil; felicidade é um sentimento muito individual, cada um tem a sua maneira de sentir-se feliz. Segundo Houaiss e Villar (2008), o termo “felicidade” refere-se, entre outras coisas, à satisfação, contentamento e bem-estar.
Estou feliz da minha maneira.
Este assunto (felicidade) abordarei melhor em outro post

terça-feira, 15 de junho de 2010

Aprendendo inglês para psicologia

Estou aprimorando meu inglês, digo minha conversação em inglês...não é fácil falar uma língua que não é sua língua nativa. Às vezes “bóio” na aula, demoro para entender o que o teacher está dizendo. Confesso que já pensei em desistir do inglês, mas minha profissão (psicologia) exige que eu fale o mínimo.


Concordo com a afirmação de Bergmann (2002) que diz: A aprendizagem de uma língua estrangeira é diferente da aprendizagem de outras disciplinas principalmente pelo seu caráter social, que prevê a interação, direta ou indiretamente, do indivíduo com povos e culturas diferentes da sua. Estando contemplada na área de conhecimento das ciências humanas, a aprendizagem de uma língua adquire um caráter individual e único, já que exige processos cognitivos ligados à experiência de vida de cada indivíduo. Conhecer a comunidade na qual a língua-alvo está inserida é imprescindível, principalmente, se considerarmos a língua como um dos códigos que melhor representa a cultura de um povo.”
Quem nunca assistiu um congresso ou simpósio internacional que tem tradução simultânea? Dependendo do assunto parece que a tradução não faz muito sentido. O último que fui (sobre TOC) tentei não usar aqueles fones e foi daí que percebi que precisava urgentemente voltar para as aulas de inglês. Não é a mesma coisa você ouvir realmente a voz da pessoa falando e ouvir alguém traduzindo. Imagine aqueles filmes legendados? Você não sabe se lê a legenda ou presta atenção nos personagens. Se você presta atenção na legenda você não presta atenção nos personagens se você presta atenção nos personagens você não consegue ler a legenda, depois que termina o filme você não sabe quem é quem no filme....Aiai isso acontece comigo..rs.
Estou usando uma estratégia que está funcionando comigo, comecei a assistir várias séries legendadas e faço da seguinte maneira, primeiro assisto lendo a legenda e fico atenta na pronúncia, depois assisto prestando atenção nos personagens e fica mais fácil de entender o inglês e saber quem é quem naquele episódio e observar o comportamento dos personagens...rsrsr..achou que eu ia deixar passar em branco e não falar de comportamento....rsrs quando a gente é terapeuta comportamental pega umas manias...ainda mais se você acabou de sair de graduação, ou pós.....sem querer me pego fazendo análise funcional, observando comportamentos de personagens de filmes, séries, etc...preciso largar essa mania de lado e estudar mais inglês....
Quanto mais cedo aprendermos uma língua estrangeira, melhor será nosso aprendizado. Se você tem um filho em fase de aprendizado coloque numa escolinha de línguas, com certeza mais tarde ele não ficará “struggling*” para entender um simples texto, entender uma música, assistir um filme.

*struggling – se esforçando, lutando, “se matando”


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Aporta

APORTA - Associação dos familiares, amigos e portadores de transtorno de ansiedade - é uma entidade sem fins lucrativos, que presta serviços de informação, suporte e apoio para a população.
Tenho orgulho de falar que fiz parte dessa associação, fui uma das primeiras colaboradoras logo no início da Aporta. Fui convidada pela Profª Drª Mariangela Gentil Savóia a iniciar um trabalho lá dentro, hoje só tenho a agradecer a oportunidade que ela me deu, pois foi um grande aprendizado. Minha paixão e grande interesse por estudar os transtornos de ansiedade surgiu dessa experiência. 

A Aporta constitui-se a partir do interesse de pessoas portadoras de Transtornos de ansiedade e do suporte científico de profissionais do ambulatório de ansiedade (AMBAN) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas –FMUSP.
Em julho de 2002 ex-pacientes e profissionais da área reuniram-se em num objetivo comum de: informar, divulgar e melhor direcionar o tratamento das pessoas que sofrem desses transtornos; promover a conscientização profissional e pública dos transtornos de ansiedade e seu impacto na vida das pessoas; auxiliar os pacientes com transtornos de ansiedade a encontrar tratamento e desenvolver habilidades de auto ajuda e apoio mútuo; reduzir o estigma em torno dos transtornos de ansiedade; promover o encontro de pessoas que necessitam de tratamento com aquelas que podem provê-lo.
A Aporta oferece uma diversidade de atividades aos associados e à comunidade.

Maiores informações em http://www.aporta.org.br





domingo, 13 de junho de 2010

Alice in wonderland..visão behaviorista

Quem não conhece a história de "Alice no país das maravilhas"?? Eu li o livro e assisti o filme há muito tempo, lá na minha infância, uma das minha preferidas....agora a história volta com uma versão nova, digamos que é uma versão para adultos. Assisti a nova versão há pouco tempo e não poderia deixar de comentar sobre o filme...Visão behaviorista é claro....




Os habitantes do "País das Maravilhas" são todos malucos, sem exceção. A começar pelo Chapeleiro Maluco (Johny Depp) que oscila entre a euforia e a depressão; o coelho sempre apressado, super ansioso e à vezes obsessivo; a rainha vermelha extremamente punitiva, quem não seguir suas regras perde a cabeça ("Off with his head!!!"); a rainha branca que é submissa, apesar de ser rainha demorou para conseguir se impor com tal; e aquela lagarta fumando narguilé, sempre na paz.


A caixa de Skinner aparece no filme quando Alice cai naquela sala com várias portas e ela tem que achar qual é a certa para ela sair de lá. Naquela sala o comportamento de Alice está sendo modelado  (temos um exemplo de modelagem); Alice deve beber uma tal poção para diminuir de tamanho e conseguir passar pela porta e ter acesso à recompensa ("Pais das maravilhas"), mas para isso ela precisa fazer numa sequência correta (resolução de problemas); ela deve comer o bolo, crescer, pegar a chave, segurá-la, beber a tal poção, diminuir e usar a chave para abrir a porta e receber sua recompensa (reforço positivo).

Acho que já basta, há outras análises que poderão ser feitas neste filme....
Como disse Alice: "Is only a dream" - "É apenas um sonho"


Pense nisso...5

"Comece pelo começo, siga até chegar ao fim e então, pare." (Lewis Carroll em Alice in Wonderland)

sábado, 12 de junho de 2010

Ansiedade e transtorno de ansiedade

Transtorno de ansiedade é um assunto que muito me interessa, e minhas monografias da graduação e da pós graduação foram sobre ansiedade rsrs. Aqui colocarei um resumão sobre  "ANSIEDADE e TRANSTORNO DE ANSIEDADE". Parte do que colocarei aqui está na minha última monografia.

A ansiedade é definida como um estado de humor desconfortável, acompanhada de sensações físicas como: frio no estômago ou na espinha, opressão no peito, palpitações, transpiração, dor de cabeça, ou falta de ar, dentre outros sintomas.
A ansiedade é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças. A ansiedade prepara o indivíduo para lidar com situações potencialmente danosas, como punições ou privações, ou qualquer ameaça a unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Desta forma, a ansiedade prepara o organismo a tomar as medidas necessárias para impedir a concretização desses possíveis prejuízos, ou pelo menos diminuir suas conseqüências. Portanto a ansiedade é uma reação natural e necessária para a auto-preservação.
Segundo Andrade e Gorenstein (1998), a ansiedade é um estado emocional que faz parte do espectro normal das experiências humanas e apresenta componentes psicológicos e fisiológicos.
Bernik (1999) afirma que quatro componentes estão presentes nas manifestações de ansiedade, ou seja, manifestações cognitivas (pensamentos de apreensão quando há um desfecho negativo de uma situação), emocionais (vivencias subjetivas de desprazer ou desconforto), comportamentais (inquietação, sobressalto, evitação, etc.) e somáticas (hiperatividade autonômica, tensão muscular, etc.).
A ansiedade passa a ser patológica quando não existe um objeto específico ao qual se direcione ou quando é desproporcional à situação que a desencadeia. Uma pessoa que tenha uma reação ansiosa inadequada e/ou extrema ou de longa duração a um determinado acontecimento pode estar sofrendo de algum tipo de transtorno de ansiedade.
De acordo com o DSM IV os transtornos de ansiedade classificados são:
   o Transtorno de pânico com agorafobia
   o Transtorno de pânico sem agorafobia
   o Transtorno obsessivo-compulsivo
   o Transtorno de estresse pós-traumático
   o Transtorno de estresse agudo
   o Transtorno de ansiedade generalizada
   o Transtorno de ansiedade devido a uma condição médica geral
   o Transtorno de ansiedade induzida por substância
   o Transtorno de ansiedade não especificado
   o Agorafobia sem história de transtorno de pânico
   o Fobia específica
   o Fobia social
O padrão comportamental característico dos transtornos de ansiedade, de acordo com grande parte da literatura, é a esquiva fóbica: na presença de um evento ameaçador ou incômodo, o indivíduo emite uma resposta que elimina, ameniza ou adia esse evento. O que diferencia cada um destes transtornos é o tipo de evento experimentado como ameaçador ou incômodo e/ou o tipo de resposta na qual o sujeito se engaja de forma a produzir uma diminuição do contato com o estímulo aversivo (processos de fuga/esquiva). As respostas envolvidas nesse processo podem ser classificadas topograficamente como respostas de evitação e/ou eliminação do estímulo temido (Banaco e Zamignani, 2004).
A evitação ajuda a manter os sintomas de ansiedade, pois impede o indivíduo de aprender que o objeto temido de fato não é perigoso, ou pelo menos não é tão perigoso quanto o paciente imagina. Também ajudam a manter os sintomas, os pensamentos e crenças a respeito dos sintomas bem como a atitude das pessoas próximas que fazem pelo paciente tarefas ou coisas que eles evitam.
As intervenções propostas atualmente para o tratamento psicológico dos transtornos de ansiedade adotam o procedimento de exposição como a principal estratégia. Esta técnica consiste em expor o cliente repetidas vezes e por um tempo prolongado às situações temidas até que a ansiedade diminua de maneira significativa, cesse ou habitue. Em casos de pacientes com TOC utiliza-se a exposição com prevenção de respostas, ou seja, expõe-se o paciente e pede-se que ele abstenha-se de realizar qualquer ritualização (impedir que o paciente se esquive da situação temida ou que execute outras respostas que diminuam a ansiedade).
As exposições geralmente são realizadas de forma gradual, partindo dos estímulos que produzem menor sofrimento ou sofrimento moderado, em direção àqueles mais perturbadores. As sessões de exposição aos estímulos ansiogênicos podem ser realizadas de forma imaginária ou in vivo (exposição real). Outro tipo de exposição muito usado em pacientes com transtorno de pânico é a exposição interoceptiva que consiste em reproduzir as sensações físicas que desencadeiam ou acompanham o ataque de pânico. A finalidade desse tipo de exposição é treinar a paciente para enfrentar os sintomas de forma mais controlada, para que ela se sinta capaz de lidar com a sua crise de ansiedade.
Os pacientes também são instruídos a engajar-se em exercícios adicionais de exposição entre as sessões terapêuticas (Riggs e Foa, 1999).
Outros tipos de intervenções como reestruturação cognitiva, relaxamento, automonitoria, estratégia de enfrentamento e manejo de estresse também são utilizados para o tratamento dos transtornos de ansiedade.
A reestruturação cognitiva consiste em treinar o paciente a identificar pensamentos distorcidos e substituí-los por outros mais realistas e objetivos, como conseqüência terá a modificação de seus valores, crenças, cognições e comportamentos. A idéia básica da reestruturação cognitiva é mostrar ao paciente que não são os eventos em si que provocam ansiedade, mas sim as interpretações feitas pelas pessoas desses eventos que são determinados na produção das emoções negativas.
Na automonitoria o paciente faz uso de um diário, onde ele registra as situações de exposição, as sensações experimentadas e atribui uma nota para sua ansiedade.
Estratégia de enfrentamento e manejo de estresse tem como objetivos auxiliar o paciente a desenvolver e programar estratégias para modificar sua interpretação dos eventos estressores, emitir respostas apropriadas às situações estressoras, aprender a conviver com o estressor que não pode ser modificado para assim aumentar a qualidade de vida.
O uso de relaxamento (relaxamento muscular progressivo, treino de respiração, treinamento autógeno) tem como objetivos reduzir as reações psicofisiológicas. No treino de respiração o paciente aprende que é possível estabelecer outro modelo fisiológico (não hiperventilar) e, portanto não desencadear ansiedade.

REFERÊNCIAS
Lotufo Neto F. (1998). Terapia comportamental-cognitiva dos transtornos ansiosos. In: Cordioli, A.V. Psicoterapias: abordagens atuais. Porto Alegre, ArtMed.

Zamignani, D. R. e Banaco, R. A. (2005). Um panorama analítico-comportamental sobre os transtornos de ansiedade. Rev. bras.ter. comport. cogn., jun. vol.7, no.1, p.77-92.


Comportamento assertivo

Estou tentando escrever um painel para o congresso da ABPMC e nosso tema será sobre auto-estima e pelo que tenho lido até agora uma das consequências da baixo auto-estima é o comportamento não assertivo....o que vem a ser assertividade?? Assista o video e veja se voce é ou não uma pessoa assertiva. Depois me falem!!!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Livro sobre fobias

SEM MEDO DE TER MEDO - Tito Paes de Barros Neto
Editora: Casa do Psicólogo

Um guia prático para ajudar pessoas com pânico, fobias, obsessões, compulsões e estresse. O livro fornece informações a respeito do quadro clínico dos transtornos ansiosos e traz alternativas de tratamento, por meio da aplicação de técnicas de terapia comportamental cognitiva, descritas de forma clara e de fácil aplicação.

Fobias, pânico, obsessões

Entrevista com Dr. Tito....tive aula com ele, muito esclarecedor, explica com uma calmaaaa...assistam vale a pena.
Ele é autor do livro "Sem medo de ter medo" (Casa do Psicólogo), livro que também vale a pena ler.



quinta-feira, 10 de junho de 2010

Pense nisso...4

"Não considere nenhuma prática como imutável. Mude e esteja pronto a mudar novamente. Não aceite verdade eterna. Experimente!" (Skinner).

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Você sabe o que é ansiedade social?

Fobia social (transtorno de ansiedade social)
A maioria das pessoas sente-se tímida ou constrangida em situações sociais. Falar em público, ir a uma entrevista de emprego ou mesmo convidar alguém para sair pode fazer qualquer um sentir-se tímido ou ansioso. Os sintomas são familiares: seu coração dispara, suas mãos tremem ou você sente uma sensação de “friozinho na barriga”. Mas este tipo de ansiedade é temporário, e uma vez que você passa pela situação, a vida continua como sempre.
Se sua ansiedade em relação a situações sociais é tão séria que interfere na sua vida diária e nos relacionamentos até o ponto de você ficar doente de preocupação, você pode ter a fobia social (transtorno de ansiedade social). A fobia social é um medo excessivo e persistente de situações sociais ou de desempenho.
A fobia social é muito mais comum do que você pensa. É mais do que apenas timidez. A boa notícia é que é tratável. Muitas pessoas recuperam-se da fobia social e vivem vidas mais produtivas. Embora a recuperação não aconteça da noite para o dia, com o tratamento correto você pode melhorar.
QUEM SOFRE DE FOBIA SOCIAL?
Este distúrbio pode começar até mesmo na infância e tende a afetar homens e mulheres em igual proporção. Qualquer pessoa pode sofrer de fobia social em qualquer idade!!!
O QUE CAUSA A FOBIA SOCIAL?
Embora ninguém tenha descoberto uma única causa para a fobia social, estudos sugerem que fatores biológicos e psicológicos podem contribuir.
Uma teoria é que a fobia social pode estar relacionada com um desequilíbrio de uma substancia química chamada serotonina, que transporta sinais entre as células nervosas no cérebro. Curiosamente, este é o mesmo desequilíbrio químico ligado a outros distúrbios de humor e ansiedade.
Outra teoria é que a fobia social pode ser de família – especialmente entre parentes próximos, como pais e filhos. Ou pode originar-se de um evento social embaraçoso no passado.
TRATAMENTO PARA A FOBIA SOCIAL
Sabendo como a fobia social é incapacitante, você pode entender a importância crucial de encontrar um tratamento apropriado. Buscar ajuda o mais breve possível pode diminuir o dano emocional que este transtorno causa. O tratamento correto pode libertar você para que busque as atividades sociais com as quais sempre quis se envolver e ajudar você a se sentir mais à vontade no trabalho e nos relacionamentos.
Na Terapia cognitivo-comportamental (TCC) o terapeuta ajuda o paciente a confrontar os sentimentos negativos em relação às situações sociais e o medo de ser julgado por outras pessoas. Os pacientes podem aprender como seus padrões de pensamentos somam-se aos sintomas de fobia social e como mudar sua maneira de pensar, para que os sintomas comecem a diminuir. Tudo isto é combinado com outras técnicas comportamentais, como exposição gradual e controlada a uma situação que provoca ansiedade, até que o paciente aprenda a identificar e modificar o comportamento que contribui para sua ansiedade social.

O treino de habilidade social faz parte do tratamento com pacientes fóbicos sociais. Os pacientes aprendem a fazer contato visual, falar mais alto e mais devagar, cumprimentar e despedir-se das pessoas, pedir favores, responder a solicitações e críticas.

E QUANTO ÀS MEDICAÇÕES?
Há vários tipos de medicação usada para a fobia social, incluindo inibidores da monoamino oxidase (IMAO), benzodiazepínicos, betabloqueadores e inibidores seletivo de recaptação da serotonina (ISRS).
Embora todas estas medicações possam ajudar na fobia social, algumas são melhores para certas pessoas. IMAO e benzodiazepínicos podem exigir monitoramento mais rigoroso do que outras medicações. Os betabloqueadores controlam apenas sintomas específicos de ansiedade, como taquicardia, durante situações de desempenho.

Para um diagnóstico consulte um profissional.

Texto adaptado de Fobia social (transtorno de ansiedade social) é mais do que apenas timidez (SmithKline Beecham farmacêutica)


terça-feira, 8 de junho de 2010

O antes, o do meio e o depois

O antes, o do meio e o depois (Roosevelt R. Starling).

Conheci este texto através de uma aula que tive com a professora Regina C. Wielenska. A primeira leitura que fiz do texto pensei comigo: "O que isso tudo quer dizer???". Mas depois da aula dela entendi tudo, o autor conseguiu colocar num texto todos os princípios da análise do comportamento (punição, reforço, condicionamento, etc). O texto dá uma excelente análise funcional.

A----------B----------C
A - o antes (antecedente)
B - o do meio (comportamento)
C - o depois (consequente)

Quitéria, Aleluia, Zé de Nadir na sua simplicidade também analisam as contingências. Vale a pena ler!!!

Este capítulo está no livro "Comportamento Humano: tudo (ou quase tudo) que você gostaria de saber para viver melhor", v.1, Santo André, SP; ESETEC; ou pode ser encontrado em http://www.inpaonline.com.br/artigos/voce/o_antes.htm

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...