quarta-feira, 27 de abril de 2011

Curiosidades

Começo a postar hoje algumas curiosidades sobre Psicologia Comportamental, Análise do Comportamento, Psicologia Cognitivo-Comportamental e Psiquiatria.

Primeira curiosidade

O teste dos temperamentos

Em site criado por psiquiatras, internauta pode descobrir qual é o seu 'perfil emocional'; para especialistas, utilidade é questionável.
Na avaliação on-line as perguntas traçam perfil psicólogico e psiquiátrico.
Como é o teste?
Cerca de 450 perguntas da primeira fase do teste traçam perfil psicólogico em temperamento afetivo.
Cerca de 450 perguntas da segunda fase avaliam possíveis transtornos psiquiátricos.
Leva-se em torno de 2 horas para responder a todas as questões.
As respostas são de múltipla escolha.

Quer fazer o teste??? As perguntas estão no site http://www.temperamento.com.br/
Boa sorte!!!!!!!!

 

clique na imagem para ampliar
Fonte: Folha de S. Paulo, Caderno Saúde de 25 de Abril de 2011.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Conheça a FAP

A FAP (Functional Analytic Psychotherapy) - Psicoterapia Analítico Funcional foi desenvolvida por Mavis Tsai e Robert J. Kohlenberg.
A FAP é um tipo de psicoterapia comportamental pautada nas oportunidades de mudanças profundas obtidas dentro das limitações de um relacionamento íntimo e intenso entre terapeuta e cliente. A vivência interpessoal profunda neste relacionamento oferece ao cliente oportunidades de aprendizagem ao vivo, que o ajudam a crescer e superar seus problemas no cotidiano.
Oportunidades de aprendizagem ao vivo emergem no seio do relacionamento terapêutico quando o cliente emite comportamentos clinicamente relevantes em relação à pessoa do terapeuta. Estes são momentos em que o comportamento pode ser modelado diretamente a partir dos efeitos que têm sobre o relacionamento.
Os comportamentos clinicamente relevantes do cliente que ocorrem durante a sessão são indicados pela sigla inglesa CRB (Clinically Relevant Behavior) e divididos em três categorias.
CRB1: Problemas do cliente que ocorrem na sessão. A terapia deve levar à diminuição destes comportamentos por meio de evocação e modelagem de modos alternativos de agir.
CRB2: Progressos do cliente que ocorrem na sessão. São comportamentos com baixa ocorrência no início da terapia e que serão alvos de reforçamento por caracterizar melhoras ao vivo no relacionamento com o terapeuta.
CRB3: refere-se às falas do cliente sobre suas dificuldades, seus progressos e as suas causas. Inclui as interpretações que o próprio cliente faz dos seus comportamentos durante a interação com o terapeuta (Kohlenberg & Tsai, 2001).
As ações do terapeuta são: notar, evocar, responder e interpretar os comportamentos clinicamente relevantes do cliente. Estas atuações afetam os comportamentos do cliente através de três funções de estímulo: Em primeiro lugar, o que o terapeuta faz pode funcionar como estímulo discriminativo, isto é, pode propiciar uma situação na qual é mais provável que ocorram certos comportamentos do cliente. Em segundo lugar, pode ter uma função eliciadora (evocando respostas emocionais, sensações, imagens ou pensamentos). Finalmente, as ações do terapeuta podem funcionar como reforçadores, isto é, consequências que aumentam a ocorrência de certo comportamento do cliente.
Na FAP, o modo de ajudar o cliente é por meio destas diferentes funções das ações do terapeuta durante a sessão. Logo, o primeiro objetivo terapêutico é construir um relacionamento genuíno e intenso para que os problemas-alvo do cliente realmente ocorram dentro da sessão, para serem trabalhados ao vivo (Kohlenberg & Tsai, 2001).
Os procedimentos de avaliação na FAP para gerar hipóteses clínicas e monitorar os progressos do cliente são os mesmos usados por terapeutas cognitivo-comportamentais: entrevistas, autorrelatos, questionários e registros. Durante todo o tratamento, a FAP utiliza técnicas vivenciais e exercícios de contato emocional, como também destaca a expressão honesta pelo terapeuta dos seus sentimentos em relação ao cliente, com o intuito de intensificar o relacionamento terapêutico e torná-lo um lugar de aprendizagem genuíno. Suas estratégias de intervenção são colocadas na forma de regras para o terapeuta: observar atentamente o comportamento do cliente para intervir no momento certo; criar condições para evocar os comportamentos "disfuncionais" e as oportunidades de aprendizagem; reforçar os progressos do cliente quando ocorrem ao vivo em situação de consultório; observar quais os aspectos da pessoa do terapeuta ou quais ingredientes da sua maneira de estar junto ao cliente que são reforçadores para os comportamentos do cliente; compartilhar com o cliente suas interpretações de variáveis que afetam o seu comportamento (Tsai, Kohlenberg, Kanter & Walz, 2008).
Durante toda a sessão, o terapeuta procura detectar comportamentos que são relacionados ao transtorno para o qual o cliente procurou o tratamento. A pergunta-chave que guia o terapeuta é: “Isto está acontecendo agora”? Este questionamento é feito em relação à ocorrência de problemas ou das melhoras clínicas que podem se manifestar na forma com que o cliente lida com o terapeuta e com a situação terapêutica.
 
Que saber mais??? Clique aqui e leia mais sobre a FAP (versão em inglês), se preferir a versão em portugues é vendida pela Esetec. 



Referência: The therapist-client relationship in the treatment of obsessive compulsive disorder.  Estudos de Psicologia I Campinas I 26(4) I 545-552 I outubro - dezembro 2009

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Palestra Aporta



Ajudando a família a lidar com a ansiedade

Palestrante: Fernanda Reis Portugal – Psicóloga Especialista em Terapia de Família e Casal e Psicóloga de Família do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental ( CAISM) da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Data: 03/05/2011    Horário: 20:00

Local: Rua Major Maragliano, 241, Vila Mariana - SP. A


Maiores informações: http://www.aporta.org.br/


uditório do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental (CAISM).

domingo, 17 de abril de 2011

Para pensar....7

"A escolha é clara: ou não fazemos nada e permitimos que um futuro miserável e provavelmente catastrófico nos alcance, ou usamos nosso conhecimento sobre o comportamento humano para criar um ambiente social no qual poderemos viver vidas produtivas e criativas, e fazemos isso, sem pôr em risco as chances de que aqueles que se seguirão a nós serão capazes de fazer o mesmo." (B.F. Skinner).

quinta-feira, 14 de abril de 2011

ABPMC 2011


Este ano a ABPMC será em Salvador, várias informações já estão disponível no site, acessem clicando aqui.
Vamos nos encontrar em Salvador???



quarta-feira, 13 de abril de 2011

Timidez não é defeito

'Participar' das aulas, mesmo que seja falando qualquer bobagem, é atitude exaltada por educadores.

TODA CRIANÇA tem o direito de ficar sozinha e quieta.
Toda criança tem o direito de não ser extrovertida, de gostar de brincar com poucos colegas e de não responder a todas as perguntas que os adultos lhe fazem, inclusive - e principalmente - pais e professores.
A criança tem o direito de ser tímida!
Mas, pelo jeito, estamos roubando esse direito dela.
Já faz um tempo que "participar" das aulas na escola, mesmo que seja falando qualquer bobagem, tem sido uma atitude exaltada e incentivada pela maioria dos educadores.
Receber muitos telefonemas, convites para festas, para brincar na casa de colegas da escola ou mesmo para viajar no final de semana tem sido tratado como índice de boa socialização.
Os pais, em geral, se preocupam quando os filhos, mesmo os menores de seis anos, não são "populares" entre seus pares.
Mas o problema é que, agora, estamos exagerando. Não basta considerar a timidez um defeito: queremos transformar essa característica em patologia, tratar.
Isso já é demais.
A mãe de um menino de dez anos me escreveu contando que a escola que seu filho freqüenta promoveu uma palestra para os pais com o título "Como tratar as crianças tímidas". Ela foi, ouviu tudo e voltou preocupada.
Agora, essa mãe acredita que precisa levar o filho para um tratamento psicológico porque, segundo aquilo que ouviu na escola, ou pelo menos o que interpretou do que lá foi dito, o futuro do filho não será lá muito promissor caso ele não consiga superar a timidez que hoje apresenta.
No mundo da diversidade, não suportamos as diferenças, é isso?
Queremos que nossos filhos tenham todos os brinquedos que os colegas têm. Queremos que viajem para os mesmos lugares que seus pares contam ter visitado, que usem as roupas e os calçados das mesmas marcas que a maioria dos colegas e que se comportem de modo semelhante ao da maioria.
Acreditamos que crianças padronizadas e uniformes formam um grupo, e que os diferentes são excluídos dele.
Isso é uma grande violência que nós praticamos contra os mais novos.
Afinal, será que desconhecemos que o mundo tem lugar para todo tipo de pessoa?
Será que ninguém conhece adultos bem-sucedidos em sua profissão e que são extremamente tímidos na vida social?
Conheço pessoalmente vários casos assim e, por leitura de biografias, muitos outros. Escritores, cientistas com renome internacional, artistas, professores etc.
E adultos muito extrovertidos, com uma vida social intensa e uma rede de conhecidos enorme, mas que apesar disso são infelizes e não realizados na vida: será que ninguém conhece?
Temos tratado as crianças de uma maneira muito pouco respeitosa. Não suportamos que elas sejam muito ativas, rebeldes, que fiquem tristes, que reclamem, que desobedeçam, que queiram ficar quietas, que não parem, que sejam tímidas.
Ora, queremos formar uma massa de crianças medianas ou medíocres?
Vamos deixar as crianças tímidas em paz. Elas podem mudar na adolescência. Aliás, as muito extrovertidas também podem se transformar em tímidas nessa mesma época da vida.
Timidez não é defeito, tampouco doença. É apenas uma característica e, se a criança tiver oportunidades de ser aceita e reconhecida da maneira como ela é no momento e aprender a não permitir que esse seu traço impeça a sua vida de acontecer, ela crescerá de acordo com seu potencial e conseguirá, sim, encontrar meios de viver de acordo com esse seu jeito de ser.
Se, ao contrário, insistirmos para que ela altere essa sua característica, aí sim, nós poderemos atrapalhar o seu desenvolvimento e prejudicar o seu autoconhecimento, o que é fundamental para qualquer pessoa viver melhor.

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha). Retirado de Folha de S. Paulo, terça-feira , 12 de abril de 2011. Folha Equilíbrio

terça-feira, 12 de abril de 2011

Um certo olhar

Vou reproduzir aqui uma análise comportamental do filme "Um certo olhar"; esta análise encontra-se no Boletim Paradigma volume 5 set. 2010 - http://www.nucleoparadigma.com.br/

  
Comportamento em cena
Um certo olhar é o nome dado ao filme originalmente intitulado Snow Cake, cuja tradução literal para o português seria Bolo de Neve. No filme, o personagem Alex (Alan Rickman) é um ex-presidiário, recém-saído da cadeia, cujo objetivo é encontrar a mãe de seu falecido filho no Canadá. Na viagem, ele conhece Vivviene (Emily Hampshire), uma jovem marcante para quem ele oferece carona. No caminho, eles sofrem um acidente de carro e Vivviene não sobrevive. Sentindo-se culpado, Alex resolve procurar a mãe da jovem para comunicar o acontecido e lhe entregar o presente que a filha havia comprado minutos antes do acidente. ao encontrá-la, Alex descobre que a mãe de Vivviene, Linda (Sigourney Weaver), é autista. Neste primeiro encontro, ele fica admirado como a aparente indiferença que a morte da jovem Vivviene provocou em Linda, uma vez que ela não demonstra nenhum sofrimento pela perda da filha. Por uma série de circunstâncias, Linda pede que Alex permaneça em sua casa por alguns dias, a fim de que ele possa auxiliá-la com a retirada do lixo (uma das tarefas semanais mais desagradáveis para ela), e ele acaba ficando até o funeral de Vivviene.
O filme ilustra os desafios cotidianos enfrentados por uma pessoa com características autistas para viver de acordo com os seus interesses peculiares e se adaptar ao que é socialmente esperado, revelando também como o personagem Alex (mesmo surpreso com o jeito de Linda) consegue lidar com as esquisitices da nova amiga. Linda é uma autista adulta que aprendeu a morar sozinha e tem rotina de vida bastante organizada. Por exemplo, ela já tem um arranjo definido para cada objeto em sua casa, mostra uma aversão extrema a qualquer tipo de sujeira, vai e volta do trabalho sempre na mesma hora, pelo mesmo caminho, e não precisa de outras pessoas ao seu redor (exceto para a realização de tarefas desagradáveis, como a retirada de lixo). Para ela, não é uma tarefa fácil lidar com qualquer alteração deste cotidiano e morte da filha, bem como a chegada de Alex desestabiliza essa rotina.
Para auxiliar a compreensão dessas diferenças, é necessário entender alguns dos padrões comportamentais que frequentemente são identificados no repertório de indivíduos que recebem o diagnóstico de autismo. O quadro de autismo é considerado um transtorno do desenvolvimento e pertence ao grupo dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID). As caracteríticas deste grupo são definidas por padrões de comportamento específicos, dentre os quais e destaca o prejuízo severo e invasivo em áreas de desenvolvimento relacionadas às habilidades de interação social recíproca, às habilidades  de comunicação verbal e não verbal e à presença de comportamento, interesses restritos e atividades estereotipadas.
No caso de Linda, encontramos vários padrões comportamentais que ilustram a sua dificuldade de interação social. Por exemplo, Linda não consegue manter contato visual direto e não tem interesse em se relacionar com colegas de trabalho ou vizinhos. Além disso, no filme encontramos duas cenas marcantes que apresentam a ausência de expressão facial das emoções: a primeira quando recebe a noticia da morte da filha e a outra quando tem de fazer o reconhecimento do corpo do necrotério. Nas duas situações, Linda não sabe como se portar e não esboça nenhum tipo de reação emocional.
Em relação aos prejuízos qualitativos na comunicação, é comum identificar nos TID vários atrasos ou mesmo ausência do desenvolvimento da fala (sem mecanismos de compensação). No caso de Linda, ela apresenta falta de iniciativa para o diálogo com outros, perseveração em apenas um assunto e, acima de tudo, uma comunicação verbal bastante pragmática. Linda se comunica basicamente para conseguir coisas ou evitar que coisas desagradáveis aconteçam a ela. É interessante observar que, quando Linda tenta esboçar certo refinamente social (por exemplo, ao oferecer chá para Alex), ela o faz por modelos de conversa claramente aprendidos e treinados, que pouco tem a ver com a observação de comportamento do outro.
Por fim, outro padrão comportamental comum refere-se à presença de comportamento, interessantes e atividades estereotipados, com prejuízo na imaginação e comportamento de simbolizar que implicam padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. Para Linda, alterações em sua rotina geram repostas emocionais intensas. A simples alteração de lugar de um objeto lhe causa extrema agitação. No filme, após o funeral da filha, vizinhos e parentes se reúnem em sua casa para prestar condolências. Entretanto, nesta reunião, objetos são mudados de lugar, farelos de comida caem no chão e várias pessoas conversam ao mesmo tempo, produzindo um "barulho" ao qual ela não acostumada. Em determinado momento da reunião, Linda tem uma explosão emocional: começa a gritar e manda todos embora. O comportamento de Linda faz com que todos os estímulos aversivos do momento cessem.
O filme ainda mostra Linda executando alguns movimentos autoestimulatórios, também característicos de pessoas com autismo. Entre eles, destacamos a cama elástica (Linda tem uma em seu quintal) e o flapping, movimentos laterais de balanço que faz com as mãos. Além disso, Linda apresenta respostas incomuns a estímulos sensoriais, tais como gosto exagerado por objetos luminosos que brilham e piscam e apetite por neve. Aliás, o nome do filme em inglês vem desta última característica de Linda, e Alex, ao ir embora de sua casa, lhe deixa de presente na geladeira um bolo de neve. Enfim, Snow cake é um filme que merece ser visto, tanto porque apresenta de forma bastante clara e humana as dificuldades que uma pessoa com autismo enfrenta em seu cotidiano como porque permite ao analista do comportamento observar as relações de controle de estímulo que determinam o comportamento de Linda, evidenciando as diferenças das variáveis de controle das relações interpessoais de neurotípicos. 

Texto de Cassia Leal da Hora e Maria Carolina C. Martone.  

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Conheça a ACT

O que é a ACT?
Steven C. Hayes  
A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT em inglês – Acceptance and Commitment Therapy) é uma terapia cognitiva e comportamental, desenvolvida por Steven C. Hayes que pertence à chamada terceira geração das teorias do comportamento. A ACT apoia-se na Teoria do Marco Relacional.
Ela tem como meta principal reduzir a esquiva experiencial que é vista como uma das maiores fontes do sofrimento humano. A ACT promove a aceitação de estados do organismo, de pensamentos e emoções considerados como indesejáveis como realmente são, e não como parecem ser. Quando a pessoa se liberta da luta contra os seus próprios pensamentos, avaliações e sentimentos, ela pode começar a agir de maneira produtiva sobre o seu meio ambiente.
O terapeuta utiliza metáforas, paradoxos e exercícios experienciais para que os clientes aprendam a vivenciar os pensamentos, recordações e sensações, quer previamente temido. Desta maneira as pessoas aprendem a contextualizar esses acontecimentos privados, clarifica o que é realmente importante para as suas vidas, o que no fundo tem mais valor para elas, e tomam o compromisso de fazer as mudanças necessárias para agir. O trabalho sobre os valores constitui de fato um dos aspectos importantes da terapia.
A intervenção terapêutica não tem como objetivo mudar o conteúdo dos acontecimentos privados, mas sim mudar o contexto, nomeadamente o contexto de literalidade. Para Hayes, Pankey & Gregg (2002) as perturbações são decorrentes da socialização em função de quatro contextos sócio-verbais patogênicos, que resumem a variedade de armadilhas contidas na forma como usamos a linguagem ou como pensamos:
1 - O contexto de literalidade: as palavras passam a significar muito mais do que elas realmente significam e assim promovem a emissão de comportamentos desvinculados de suas conseqüências.
2 - O contexto de avaliação: refere-se à tendência automática em categorizar acontecimentos em termos de bom ou de mau. Quando estas avaliações não se baseiam em vivências diretas e contextualizadas, elas podem influenciar as nossas reações de maneira rígida ou injusta: sobretudo quando elas são baseadas em regras sociais.
3 - O contexto de controle: diz respeito à tendência que temos em eliminar os sentimentos, pensamentos e sensações avaliados como negativos. Tentamos rejeitar aspectos da experiência, em vez de enfrentar as condições no contexto da vida que estão na sua origem.
4 - O contexto de dar razões: refere-se à indicação de pensamento e sentimento como causas válidas e sensatas para o comportamento público. Dependendo das razões que as pessoas dão, a comunidade poderia aprovar ou punir a sua ação.
A ACT distingue três níveis da vivência de si:
O “Eu conceitual” que designa o que pensamos e percebemos sobre nós próprios.
O “Eu Vivencial” é a faculdade de estabelecer uma relação de equivalência entre um conjunto de sensações corporais, de predisposições comportamentais ou de pensamentos, e o nome de uma emoção.
O “Eu observador” (Vandenberg & de Sousa, 2006) corresponde à perspectiva transcendente, em que a pessoa tem consciência que não é nem os conceitos que tem sobre si, nem os conteúdos que vivencia, que todos estes são eventos com os quais lida, mas que são distintos dela mesma.

Referências:
- Terapia de Aceitação e Compromisso: modelo, dados e extensão para prevenção do suicido. Hayes, Steven C; Pistorello, Jacqueline; Biglan, Anthony. Rev. bras. ter. comport. cogn;10(1):81-104, jun. 2008. ilus.
- Wikipédia - Terapia_de_aceitação_e_compromisso

domingo, 10 de abril de 2011

O que é reforçador para mim pode não ser para você.

Vejam esta tirinha.

utilize as teclas Crtl+ para ampliar a imagem

O mesmo evento pode ser reforçador para um, mas não para o outro, já falei disso aqui; para Mônica viajar, conhecer outros lugares é reforçador (aliás para muitas pessoas isso é reforçador, inclusive para mim...rs), mas para Magali viajar significa conhecer lugares para se comer. Na história de vida da Magali, sair para comer foi selecionado, a comida é reforçador.  
Mas como saber se um evento é reforçador?
A única maneira de saber se um dado evento é ou não reforçador para um dado organismo sob dadas condições é fazer um teste direto. Observamos a freqüencia de uma resposta selecionada, tornamos um evento contingente a ela e observamos qualquer mudança na freqüencia (Skinner, 1953). Se houver mudança [no sentido de aumentar a probabilidade da resposta] classificamos aquele evento como reforçador para aquele organismo sob aquelas condições.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Meditação

Médico ensina a praticar meditação pragmática sem precisar rezar.
Já falei sobre meditação/mindfulness aqui no blog e volto a falar porque é um novo conceito que está crescendo no Brasil e tem ajudando muitos clientes/pacientes.

Leia a reportagem completa clicando aqui.




Editoria de Arte / Folhapress
 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Aluno rebelde é punido

Alunos da rede pública de Campo Grande/MS são punidos com tarefas como faxina, pintura de paredes, limpeza de banheiros, etc. 
Veja reportagem completa clicando aqui ou assista o vídeo logo abaixo.


Será que essa é a melhor solução???? Vale a pena????
A resposta é NÃO!!!! 
A diretora justifica que as notas melhoraram, que o comportamento dos alunos melhoraram etc etc e tal. Mas e depois será que este comportamento se mantêm????
É bem provável que não.....é lógico que na frente do punidor o aluno irá emitir um bom comportamento, mas na ausência do punidor o comportamento inadequado voltará a ser emitido. O punido tenta fugir ou se esquivar da punição. A fuga é um efeito colateral da punição. Aprender através da fuga é não conseguir fazer mais nada a não ser eliminar o estímulo aversivo.
Alguns efeitos colaterais da punição:
efeitos emocionais aversivos que terão valor reforçador quando suspender o estímulo aversivo (S-);
- tendência a agressão e a destruição à fonte de estimulação aversiva;
- redução do repertório do organismo, principalmente quando a condição aversiva é incontrolável (desamparo);
O uso da punição é incompatível ao aprendizado de novos repertórios, gera estereotipia, além de provocar respostas emocionais intensas. 
Há formas melhores de se instalar "bons comportamentos", quem sabe se começarem a usar o reforço positivo os resultados serão bem mais agradáveis e duradouros. 

terça-feira, 5 de abril de 2011

PUNIÇÃO NÃO É CASTIGO

PUNIÇÃO NÃO É CASTIGO (Hélio J. Guilhardi)

Os procedimentos de punição merecem cuidadosa avaliação antes de serem empregados. Devem ser evitados. Se, porém, a punição for inevitável deve, então, ser empregada da forma mais branda possível. Deve atender a todas as especificações que as pesquisas mostraram que são essenciais para torná-la mais eficiente. Deve, ainda, produzir o menor sofrimento possível.
Há dois procedimentos básicos de punição:
1. Punição positiva (o termo “positivo” aqui empregado tem o sentido matemático de adição, acréscimo, soma): quando um determinado comportamento é emitido segue-se a ele a apresentação contingente de um evento (coloquialmente chamado de “aversivo”) e como decorrência dessa relação funcional o comportamento se enfraquece. Exemplos: a pessoa emite um comportamento e é criticada pelo que fez; ou sofre um tapa; ou ouve um grito etc. (desde que o comportamento alvo se enfraqueça...).
2. Punição negativa (o termo “negativo” aqui empregado tem o sentido matemático de subtração, remoção, retirada): quando um determinado comportamento é emitido segue-se a ele a retirada contingente de um evento (coloquialmente chamado de “gratificante”) e como decorrência dessa relação funcional o comportamento se enfraquece. Por exemplo: a pessoa emite um comportamento e o outro se afasta dela retirando a atenção que lhe estava dando; ou desliga a televisão em que passava um programa favorito da pessoa; ou é mandada para o quarto para “pensar no que fez” etc. (desde que o comportamento alvo se enfraqueça...).

Continue lendo clicando aqui.

domingo, 3 de abril de 2011

Análise funcional


clique na imagem para ampliar

Uma breve análise funcional do comportamento de Mônica utilizando a tríplice contingência (SD - R - Sr)
Já sabemos (antecedentes históricos), que Mônica sempre foi taxada de gordinha, baixinha, dentuça, brava e medrosa em algumas situações.

 

Antecedente (SD) - diante da situação divertir-se com Cascão e Cebolinha
Comportamento (R)- vai ao parque de diversão e vai a casa dos espelhos "Eu adoro a casa dos espelhos..."
Consequência (Sr) - sente-se bem porque vê sua imagem refletida (magra, alta e não dentuça), também evita que seus amigos "zoem" dela, talvez na montanha russa os respondentes de Mônica estariam a "todo vapor" (fuga por parte da Monica de estímulos aversivos).

sábado, 2 de abril de 2011

Para pensar ....6

"Os homens são felizes em um meio ambiente no qual o comportamento ativo, produtivo e criativo é reforçado de forma efetiva" (B. F. Skinner, 1969).


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