sábado, 4 de setembro de 2010

Pense nisso....16

"Só existe diálogo quando há uma interação equilibrada entre controle e contracontrole. Se não houver equilíbrio, haverá opressão, submissão ou indiferença." (Hélio J. Guilhardi)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sim...quero dizer...não...

Você já respondeu com um sonoro SIM ou NÃO a alguém e logo depois percebeu que aquela resposta não expressava o que realmente você pensava?... bem...calma aí você não está sozinho(a) isso acontece com muitas pessoas.
Já falei sobre assertividade aqui no blog e volto a falar porque este é um tema muito pesquisado e tenho recebido muitos pacientes com queixas de não conseguirem “se expressar”, ou seja, eles dizem que acham difícil dizer um “NÃO” ou “SIM” em determinadas situações e quando fazem acabam sendo agressivos. Muitos me relatam que querem modificar suas vidas.
A partir de relatos de vários pacientes fiquei pensando e lembrei-me de um filme....a comédia Sim Senhor (Yes Man – 2009) com Jim Carrey. O filme trata de forma divertida o tema da assertividade. Carl interpretado por Jim Carrey, é um sujeito cujo comportamento, trabalho e problemas pessoais, o tornaram voltado apenas ao “não” e ao negativo, fazendo sua vida monótona, triste e sem perspectivas. Certa noite Carl tem um sonho, onde ele se vê morto no sofá. Seus amigos o encontram e não dão muita importância à sua morte (como se ele já andasse mesmo meio morto antes de morrer) e então ele resolve modificar sua vida…Ele recebe um convite para participar de um culto de auto-ajuda, onde basicamente a idéia é dizer “sim” a tudo e a todos em qualquer situação. A partir daí, ele passa por situações inusitadas e algumas até embaraçosas, mas que o fazem aprender outro tipo de comportamento e descoberta de novas emoções e sençações. Em certo momento do filme Carl se apaixona e percebe que os dois extremos são prejudiciais para si e para o outro. Percebe que haverá momentos do “sim” e outros do “não” e se propõe a essa nova maneira de comportamento, analisando a situação e tomando a decisão cabível para cada uma delas.
Ser assertivo é um processo de aprendizagem. Alguns aprendem rapidamente, outros precisam de mais tempo para aprender, mas a recompensa é grande e o processo não é, de fato, tão difícil.
O filme rende várias gargalhadas. Recomendo!!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Auto-estima e auto-afirmação

Nosso poster para ABPMC deste ano será sobre auto estima e eu estava pesquisando mais sobre o tema para não fazer feio lá no congresso, quando me deparei com essa entrevista que achei bem interessante, ela está no blog do psicólogo Reginaldo do Carmo Aguiar  o endereço está devidamente citado no final da postagem.
  
Entrevista dada a Francine Moreno, repórter do Diário da Região. O Diário da Região é o maior jornal da região Noroeste do Estado, circula em 96 municípios e tem tiragem diária de 23,5 mil exemplares, com 29 mil exemplares aos domingos.
Matéria especial sobre pessoas que vivem em busca de aprovação, para o Caderno Vida & Arte.

Entrevista

1 - Porque algumas pessoas vivem em busca de aprovação? Desejam receber o amor e a aprovação das pessoas em sua volta?
Querer aprovação em demasia é sinal de que a pessoa tem uma auto-estima bastante baixa. Quem tem sentimentos de auto-estima se sente amado, se sente querido e por isso depende menos das aprovações e avaliações alheias. Em oposição, pessoas com baixa auto-estima estão perdidas e não sabem o que escolher ou decidir, e geralmente elas escolhem as pessoas mais sedutoras como modelo e aprovação. Além disso quem tem baixa auto-estima se submete no relacionamento, é controlado aversivamente e se alimenta de migalhas.

2 - A verdade é que ninguém tem necessidade vital de aprovação para ser feliz?
Não. Todo mundo quer ser aprovado de alguma maneira. E em alguns casos é muito necessário: feministas, homossexuais e outros grupos minoritários são radicais para conseguir seu espaço. Tais grupos precisam o tempo todo se auto-afirmar, querem mostrar suas qualidades, competências porque a sociedade os discriminam. O problema é quando a aprovação passa de alguns limites e toma muito tempo da vida da pessoa e aí a pessoa começa a viver mais a vida alheia que a própria.

3 - Querer agradar os outros, desagradando a si próprio, é uma forma de abrir mão da sua identidade?
Isso depende do contexto. Em algumas situações é inevitável nos desagradarmos para fazermos algo que nosso companheiro goste. Uma mãe pode odiar assistir a filmes de guerra, mas vai ao cinema com o filho para agradá-lo o que seria uma forma de afeto. O problema na questão de agradar aos outros está na frequência, intensidade e duração. Ou seja, uma pessoa que quer agradar constantemente aos outros e de forma intensa deixa de fazer aquilo que lhe é reforçador intrínseco (aquilo que é "prazeroso" para si) e assim aos poucos deixa de ser feliz. Imagine por exemplo um filho que quer estudar Medicina porque a mãe gosta e assim ganha atenção e aprovação dela. Ele vai para o curso, mas vive questionando sua profissão e seu curso. Além disso, nunca fica satisfeito com o que estuda. Nas orientações profissionais que realizo em jovens é muito comum acontecer isso.

4 - Como fazer para interromper esse padrão de comportamento que suga energia?
O melhor caminho é o autoconhecimento. O autoconhecimento consiste da observação de nossos comportamentos e entender as múltiplas razões e causas de nossos comportamentos. Em suma, entender ao que realmente respondemos quando nos comportamentos. O que vai depender provavelmente de uma análise da história de vida com questionamentos sobre si mesmo e a busca de respostas e isso pode ocorrer através da leitura de bons livros, psicoterapia, meditação, discussões enriquecedoras etc.

5 - É preciso experimentar dizer sim, não, ousar, seguir a intuição e caminho, mesmo correndo risco de desagradar, de ser criticado ou rejeitado pelas pessoas que não suportam que seja assim?
Para se chegar a isso é importante aumentar a auto-estima do indivíduo. A auto-estima é um sentimento positivo da pessoa sobre si mesma, um sentimento de ser amado e querido; amor a si mesmo. Auto-estima está associado a bem estar e satisfação. A auto-estima é produzida por uma história de vida de origem social quando o filho “não se comporta”. Quando os pais disponibilizam reforçamento social (elogio, carinho, afago físico, atenção, sorriso, convites para programas favoritos etc) independente dos comportamentos dos filhos, estão contribuindo para o desenvolvimento de sua auto-estima. Além disso, é importante que o reforçamento social não seja disponibilizado contingentemente apenas em comportamentos específicos dos filhos, para evitar uma relação do tipo “só ganho carinho se faço algo que os meus pais querem.”
Uma pessoa deixa de responder menos aos comentários e críticas alheios quando gosta de si mesmo. Pode observar ao seu redor uma pessoa que tentar argumentar tudo que falam dela geralmente é uma forma que ela tem para se livrar das críticas e é sinal de baixa auto-estima. Uma pessoa com boa auto-estima consegue tolerar mais comentários alheios sobre si.
Agora para a nossa auto-estima melhorar precisamos ter bons amigos. Durante toda a vida, nosso ambiente interpessoal circundante – colegas, amigos, professores, bem como família – tem uma enorme influência sobre o tipo de indivíduo que nos tornamos. Nossa auto-imagem é formada, em grande medida, com base nas avaliações refletidas que percebemos nos olhos e nas falas de figuras importantes em nossas vidas. É apenas com o relacionamento interpessoal de qualidade, com bons vínculos afetivos é que desenvolvemos nossa auto-estima. Mas é bom lembrar que ter muitos amigos não é sinal da qualidade dos relacionamentos, o que desenvolve a nossa auto-estima é ter relacionamentos genuínos e afetivos. E isso envolve desabafar, ouvir, passar por dificuldades e ser acolhido, ajudar o outro, confiar no outro etc. É importante salientar que isso leva tempo para concretizar porque fazer bons amigos depende do outro, das circunstâncias, de alguns repertórios nossos etc. Logo, os vínculos afetivos que produzem o sentimento de auto-estima são raros. E além do mais, estes sentimentos são produtos de médio e longo prazo. Isto porque envolvem uma construção de confiança a partir de testes naturais na relação.
As Top models em sua maioria são vítimas de contingências que não produzem sentimentos de auto-estima. Geralmente, elas não têm tempo de ter relacionamentos duradouros devido às diversas viagens e compromissos. Como não tem tempo para os relacionamentos vingarem elas não conseguem testar se o parceiro é afetivo ou se os parceiros estão apenas por questões puramente sexuais. Além disso, estão em um ambiente que valoriza muito a estética e além do mais estão inseridas em um ambiente competitivo com outras modelos dificultando mais ainda vínculos genuínos. As circunstâncias são desfavoráveis e diminuem a probabilidade do afeto. Desse modo os relacionamentos tornam-se superficiais, não produzindo sentimentos de auto-estima.

6 - Ao ser quem é, vivendo suas expectativas e escolhendo o que dá certo, você se mantém à margem da armadilha de aprovação e busca realmente aquilo que quer?
Nossa sociedade cria padrões com o objetivo de manter a ordem estabelecida para ter uma maior controle sobre os indivíduos. O que acontece é que as pessoas tem histórias de vida distintas e por isso se comportam de forma diferente e nem sempre correspondem com os padrões desta sociedade. Muitas vezes elas não se comportam de uma forma genuína para não ir em oposição aos padrões sociais, neste sentido é melhor seguir os padrões e ser aprovado, mas depois sempre ficará faltando algo porque a pessoa não segue a sua história de vida mas segue a história de vida alheia. Eu estou falando da variável social, mas é obvio que a história de vida é importante também. Uma pessoa que se sente amada em casa e tem pais que sempre valorizaram suas escolhas responderá mais a sua própria felicidade e menos aos padrões sociais vigentes.

7 - Ninguém perde aquilo que não tem. Quando você vive o que quer, as pessoas permanecem ao seu lado e apreciam por ser quem é, com qualidades e limitações?
Mas falar isso a uma pessoa que tem baixa auto-estima é muito difícil de entender. Muitas pessoas são muito competentes no seu trabalho, mas péssimas em amor próprio. Muitas vezes ela tem um histórico onde o pai apenas dava carinho quando elas eram bem sucedidas nos seus afazeres. Assim, a criança cresce acreditando que será amada se fazer tudo direitinho. Aí ela desenvolve um repertório acadêmico e profissional porque acredita que assim será mais aceito e amado. O que de fato acontece é que isso não desenvolve afeto apenas fortalece a auto-afirmação. Tais indivíduos precisam quebrar a regra do desempenho para terem amor. Eles precisam aprender que precisam ser amados pela sua existência e companheirismo e não pelo sucesso que almejam. Auto-estima se desenvolve na relação com o outro. Onde o outro nos ama (organismo) pelo que a gente é e não pelo que nos comportamos ou temos.
Como a nossa sociedade tem a ilusão que pode comprar auto-estima. As pessoas pobres de estima vão compensar em altas vozes sobre o poder de compra que tem, ou falarão sobre o poder aquisitivo. Logo, o consumismo é uma estratégia perigosa que as pessoas usam para ter bem estar, nossa sociedade acredita no consumo para o bem estar. Mas, isso está longe de desenvolver auto-estima, isso só desenvolve a auto-afirmação.

8 - Mesmo correndo o risco de desagradar, de se sentir criticado ou rejeitado, é preciso seguir em frente. Abrir mão da autorrealização é abrir mão da oportunidade de construir sua felicidade, do seu jeito, no seu tempo, seja ela qual for?
E apenas as pessoas que tem auto-estima conseguem isso. Pode perceber quanto menos uma pessoa tem auto-estima mais ela precisa se auto-afirmar. Se auto-afirmar é responder ao outro, é depender do outro, é querer a aprovação alheia para se sentir amado, mas isso é uma ilusão. Para auto-estima ser elevada é preciso ser amado independente do que temos ou a posição social que estamos e profissional que exercemos. A nossa auto-estima é elevada por um amor incondicional. Ou seja quando gostam da gente independente do que fazemos, mas pelo simples fato de nossa existência e amizade.
Uma pessoa que não possui sentimentos de auto-estima é porque tem uma história de desenvolvimento de privação de afeto. Daí uma forma de fuga/esquiva ineficaz e muito comum são comportamentos com a função de se auto-afirmar. Uma mulher, por exemplo, vai cuidar cada vez mais da sua estética. Um outro indivíduo vai compensar com um eterno desempenho e senso de perfeccionismo. Outras pessoas farão discípulos como forma de conseguir poder e status. É muito tentador ter bajuladores e adoradores e há uma função muito clara. Na verdade, os repertórios de comportamentos de fuga/esquiva (auto-afirmação) vai depender da seleção ocorrida na história de vida do indivíduo. Além disso quando uma pessoa tem seus comportamentos “adequados” extintos ou fadados à punições ou à situações aversivas incontroláveis ela desenvolve o sentimento de baixa auto-estima. Com a função de evitar mais sofrimento ela varia alguns de seus comportamentos e alguns são selecionados. Em alguns casos as pessoas desenvolvem a habilidade de se defender de críticas. Ela fica na defensiva. È uma adaptação natural. Se a crítica vir direto ela sofrerá muito por isso ele s defende veemente. A solução para tal situação é fazê-la discriminar e filtrar as críticas justas das injustas. A pessoas têm que ficar sob controle de que críticas justas devem sinalizar os comportamentos inadequados que devem ser mudados. Já as críticas injustas devem servir como sinal para a defesa. Na situação clínica o terapeuta precisa ensinar repertórios de enfrentamento e defesa da situação com a função de fugir eficazmente. Também é importante desenvolver um amplo repertório de habilidades sociais até ela se sinta segura o suficiente para testar as contingências. Quem tem baixa auto-estima precisa testar a sua importância, ter bons vínculos pessoais. Planejar situações em que o indivíduo entre em contato com pessoas afetivas é a melhor alternativa isto porque aumenta as chances de seus comportamentos de aproximação sejam reforçados em uma situação social. Em síntese, bons vínculos é o melhor ambiente para os carentes de amor a si próprio desenvolverem repertórios “adequados” e bons sentimentos e se livrar da baixa auto-estima que é uma eterna culpa.

9- Quando está centrado, vivendo á partir da própria essência, você se torna capaz de atrair o amor que deseja, sem medo ou carência, sem provar nada, apenas deixando brilhar a luz que existe em você?
Pessoas que tem boa auto-estima tem uma história em que os pais, irmãos ou amigos demonstraram amor incondicional: “Tão bom estar aqui do seu lado; Filhão, você é lindo; Que saudades que estava de você. Perceba que tudo isso é dito independente da atividade do filho. É isso que constrói pessoas mais amadas e com auto-estima. È uma ilusão acreditar que o alto desempenho cria filhos mais amados. Isso só cria pessoas competitivas e bem sucedidas. Por outro lado pessoas que tem um histórico de vida que produziu auto-estima tem regras fortalecidas como: “Eu toco violão menos que meus amigos, mas dá para o gasto.” Ou: “É um baixinho, mas tem um beijo gostoso.”
É importante acrescentar que o sujeito com alto auto-estima nunca vai ser o primeiro. Ele se satisfaz com segundo, terceiro ou quarto lugar. Em contraposição, quem tem baixa auto-estima depende da referência externa, depende do outro, em muitos casos depende do desempenho. Depende da aprovação externa. Por conseguinte a regra: “Agradar aos outros a qualquer custo.” produz más relações ou relações que não duram. Logo, se livrar da aprovação ou reconhecimento dos outros é muito importante para aumentar o sentimento de auto-estima. Quando você não precisa provar mais nada para alguém a sua auto-estima aumenta.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mais um exemplo de condicionamento

Mais um exemplo de condicionamento.
Já mencionei sobre o tema quando falei da canja da dona V.  e do Hot Pocket  e agora o condicionamento aparece no desenho do Pica Pau....pois é ultimamente ando assistindo desenhos..rsrsr...tudo por amor ao meu sobrinho.....estava assistindo Pica Pau e num dos episódios Pica Pau com seu comportamento "sacana" é vendedor de seguros. Pica Pau faz de tudo para convencer o comprador, mostra as vantagens do seguro e etc etc e tal....já saturado da insistência o sujeito assina o contrato...no final do contrato em letras minúsculas diz que a pessoa não esta assegurado em caso de mísseis teleguiados.
Daí começam as complicações......um míssil teleguiado que faz um barulho de tic tac surge. O sujeito que comprou o seguro escuta o tic tac e seus olhos arregalam e ele corre tentando se esconder (fuga), percebemos que o barulho provavelmente é condicionado, pois no final do episódio depois de ter sido atingido pelo míssil e ficar todo quebrado e ir para o hospital, ele nada simpático (agressivo) pede o café para enfermeira, esta gentilmente leva para ele e leva junto uma torradeira que faz o barulho de tic tac. Ao ouvir o barulho seus respondentes são eliciados e ele sai correndo.
O episódio é gostoso de se ver.
Vejam

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PARABÉNS PSICÓLOGOS!!!

Parabéns a todos os psicólogos que investem tempo e conhecimento na alma humana, que trabalham na contra-mão do mundo promovendo o bem-estar pessoal e social.
Não desistam, não desanimem, pois "viver não é preciso". A vida é cheia de imprevistos, sem nenhuma precisão. O mundo dá muitas voltas e as pessoas têm seu tempo de colher o que plantam ou o que não plantam.
Somos muito, muito ricos! Somos portadores de uma riqueza que nunca ninguém poderá roubar. Não precisamos de seguro, podemos andar confiante que não seremos assaltados nos levando nosso Dom. Nosso patrimônio está cravado na nossa alma. O levamos para onde vamos e por causa deste patrimônio, costumamos ir para o melhor resort do mundo: vamos para dentro de nós e do outro e vemos coisas maravilhosas nesta viagem!
Psicólogo também é gente! Não cobre dele perfeição! Cobre dele emoção!

Recebi esta mensagem por e-mail de Carmem

Palestra de Skinner 3/7

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Palestra de Skinner 1/7

Eu já disse aqui no blog que estou aprimorando meu inglês...e este video é perfeito para quem quer treinar a língua e entender um pouco mais sobre o Behaviorismo...se você tem um bom nível de ingles dá pra entender o que Skinner está falando.....cada dia vou colocar um vídeo, pois esta palestra contém sete partes..então divirtam-se.....
B. F. Skinner lectures professionals about Operant Analysis, Therapy, Depression, and answers questions from the audience.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Comportamento governado por regras

“Todo comportamento, acredito, é modelado por contingências. Atendemos a conselhos e seguimos regras por causa das conseqüências reforçadoras que se seguiram quando assim agimos no passado. Mas o comportamento indicado pelo conselho ou pelas regras tem outras conseqüências. Assim, se um amigo me aconselha a seguir por um caminho numa viagem, ao invés de outro, eu concordo por causa do que aconteceu no passado, quando atendi aos conselhos dele ou de outros como ele. Além disso, eu prefiro uma viagem mais curta, mais tranqüila ou mais agradável – as conseqüências especificadas no conselho. Obedeço às leis do governo não porque as tenha desobedecido e, então, sido punido, mas porque fui ensinado a obedecê-las. Além disso, eu evito as punições contingentes especificadas nas leis. Uma pessoa se comporta logicamente ao seguir regras que descrevem contingências; outras vezes, ela pode se comportar da mesma maneira após ter sido exposta às contingências. A tarefa dos lógicos consiste em derivar novos papéis a partir dos velhos e chegar a descrições de contingências às quais ninguém jamais tenha sido, necessariamente, exposto alguma vez.” (Skinner, B. F. in Catania, A. C. e Harnad, S. (1989). The Selection of Behavior – The operant behaviorism of B. F. Skinner: comments and consequences, p. 199, Cambridge University Press, New York).


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Você sabe o que é Terapia Comportamental?

Muitas pessoas me perguntam o que é a terapia comportamental, dentre essas pessoas pacientes quem vem até mim dizendo que veio só para conhecer porque ouviu dizer que é uma terapia que tem bons resultados, e esses são os que ficam, que apresentam boa adesão ao tratamento.....com isso resolvi colocar uma breve explicação sobre a terapia comportamental

Você sabe o que é Terapia Comportamental?
É uma abordagem aos problemas psicológicos baseada na filosofia de ciência conhecida como Behaviorismo Radical e na ciência do comportamento, Análise Experimental do Comportamento. A proposta do Behaviorismo Radical defende que o comportamento dos organismos é ordenado, passível de ser estudado cientificamente na mesma forma das ciências naturais. Esta proposta influencia e orienta o trabalho do terapeuta comportamental, que sempre busca descobrir, com seu cliente, os eventos no meio-ambiente que determinam os seus comportamentos-problema e o que os mantém. Assim, um transtorno como a depressão passa a ser entendido como um conjunto de comportamentos, tais como, alterações no sono e apetite, desesperança, choro excessivo, ideação suicida e outros. Tais comportamentos são analisados à luz de episódios históricos que os determinaram e situações presentes que os mantém. Para o terapeuta comportamental, pensamentos e sentimentos são considerados comportamentos, diferentes apenas pela forma como se pode ter acesso a eles, pois este se dá através do relato verbal daquele que pensa e sente. Sendo assim, pensamentos e sentimentos, também, são levados em consideração, analisados e passíveis das intervenções do terapeuta.
O terapeuta comportamental entende que o cliente é único e seus problemas ou dificuldades são produto de uma história particular. Isso humaniza o processo de terapia, pois busca-se entender cada cliente e cada história, antes de propor qualquer intervenção. O principal instrumento do terapeuta comportamental é a análise funcional, ou o levantamento criterioso das variáveis (eventos, acontecimentos) que estejam funcionalmente relacionados aos comportamentos desejáveis e indesejáveis do cliente. Tendo este entendimento, que nem sempre é fácil, é possível propor uma estratégia eficaz no alcance do bem-estar e da melhora. “Combate-se” os comportamentos-problema, ao mesmo tempo em que busca-se instalar e aumentar a freqüência de comportamentos adequados ao contexto, desejáveis, funcionais e geradores de satisfação e felicidade. A terapia comportamental tem um conjunto considerável de técnicas derivadas de pesquisas, em laboratório ou no próprio consultório.
É a soma de pesquisa científica, rigor no levantamento de informações no momento inicial do processo e a utilização de técnicas e intervenções consolidadas que faz com que as pessoas tenham se beneficiado, de forma considerável, quando buscam a Terapia Comportamental.

fonte: http://www.inpaonline.com.br

domingo, 22 de agosto de 2010

Pense nisso...15

Na vida, não há certo; não há errado. Há o possível. O desenvolvimento pessoal amplia o possível. (Hélio J. Guilhardi, junho/2009)

sábado, 21 de agosto de 2010

PARAR DE PENSAR EM CIGARRO NÃO AJUDA O TRATAMENTO DO VÍCIO

Assim como acontece com uma música grudenta, que não para de tocar dentro da cabeça mesmo quando se tenta "virar o disco" à força, não há fórmula mágica para esquecer o cigarro.
Psicólogos ingleses publicaram na revista "Psychological Science" uma pesquisa que testou a surrada estratégia de quem tenta parar de fumar: pensar em qualquer coisa que não seja cigarro.
Entre três grupos de fumantes, um deles deveria reprimir todos os seus pensamentos sobre o cigarro. Outro foi encorajado a pensar sobre o fumo e a se expressar sobre isso também.
Resultado: na segunda semana do experimento, na qual tentaram não pensar no cigarro de propósito, as pessoas realmente fumaram menos. Foram 116 cigarros em média para cada um.
Mas, na semana seguinte, fumaram ainda mais (123) do que na primeira, quando o consumo médio do grupo era de 121 cigarros.

TIRO PELA CULATRA
Para os autores, os resultados sugerem duas conclusões. A primeira é que o bloqueio de pensamentos incômodos tem um efeito contrário. Há um sucesso temporário, mas a estratégia se revela um tiro pela culatra.
O nível de estresse das pessoas que deveriam reprimir pensamentos subiu muito durante a semana em que essa tarefa lhes foi imposta.
A segunda conclusão é que a redução temporária do número de cigarros durante essa semana de supressão de pensamentos leva as pessoas a acreditar que esse método é eficaz, reforçando um comportamento que pode ser prejudicial para o objetivo.
Segundo a psicóloga Sílvia Cury Ismael, do programa de assistência integral ao fumante do HCor, a repressão não ajuda mesmo. O melhor é tentar tirar o fumante do piloto automático e ajudá-lo a avaliar os motivos que o levam a acender o cigarro.
"Usamos a técnica do adiamento. Quando ele vai pegar o cigarro, pedimos que espere mais cinco ou dez minutos, para que a vontade passe. Nisso, ele acaba demorando mais para acender o próximo e vai reduzindo a quantidade de cigarros fumados por impulso", afirma.
Juliana Moysés, psicóloga do programa PrevFumo da Unifesp, diz que o importante é treinar o fumante para lidar com as situações em que ele recorre ao cigarro, como momentos de estresse ou quando bebe, por exemplo.
"Treinamos a habilidade para enfrentar dificuldades. Ensinamos técnicas de confronto de pensamentos, não de repressão." Se o pensamento no cigarro emerge, a pessoa deve lembrar que por mais que ele tenha sido importante antes, seu papel é só figurativo, não resolve.

POR DÉBORA MISMETTI - FOLHA DE S. PAULO

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Novos posts...


Ando literalmente com falta de tempo para vir aqui postar alguma coisa e gostaria de pedir desculpa aos leitores e seguidores...em breve novas postagens..sugestões serão aceitas..ainda não sei como colocar uma caixa de sugestões aqui no blog..então quem quiser pode me enviar um e-mail: fabi_fhs@hotmail.com
Obrigada...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pense nisso....14

"No processo terapêutico não importa mudar a vida das pessoas rapidamente, mas fazê-lo bem e para o bem." (Hélio J. Guilhardi)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Jornada de Análise do Comportamento no interior de SP

Ribeirão Preto receberá nos dias 20 e 21 de agosto a Jornada de Análise do Comportamento 2010, promovida pelo PSICOLOG - Instituto de Estudos do Comportamento de Ribeirão Preto. O evento é voltado para psicólogos, psiquiatras e estudantes e tem como objetivo a divulgação científica de trabalhos e pesquisas desta área do conhecimento .
Maiores informações clique aqui

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cognitive Behavior Therapy (CBT) and Anxiety Disorders (AD)

Já mencionei aqui no blog que estou aprimorando meu inglês...pois é tive que fazer uma apresentação na aula e vou compartilhar com vocês minha breve apresentação em inglês....até que me saí bem, diria que meu desempenho foi melhor do que eu esperava...agora já não sei dizer se o teacher pensa o mesmo...rsrsr


I’m going to talk about Anxiety Disorders (AD) that is one of the biggest complaints in psychology clinic. About 10% of world population suffers from some AD.
Anxiety is a universal experience of human species, is an emotion of discomfort but it prepares you for fight or flight*. The most common symptoms of anxiety are: tension, palpitations, trembling, “butterflies in stomach”, headache and others. It´s normal to feel anxiety, but when anxiety becomes excessive we already have an AD.
Five major types of AD are:
1 – Generalized Anxiety Disorder (GAD) – characterized by excessive worry and anxiety that persist for at least six months. This excessive worry often interferes with daily functioning and it is difficult to relax or get rid of them. Do you know Alan Harper from Two and a half men? He´s a good example from GAD, he worries about all the things, he can´t sleep well, he doesn´t relax, he doesn´t work well, he can´t keep dating
2 – Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) - characterized by recurrent, unwanted thoughts (obsessions) and/or repetitive behaviors (compulsions). Repetitive behaviors such as handwashing, counting, checking, or cleaning are often performed with the hope of preventing obsessive thoughts or making them go away. Detective Monk is the best example in this case; Melvin (Jack Nicholson in As good as it gets).
3 – Panic Disorder - characterized by unexpected and repeated episodes of intense fear accompanied by physical symptoms that may include chest pain, heart palpitations, shortness of breath, abdominal distress, sense of unreality and others.
4 – Post Traumatic Stress Disorder (PTSD) - is an anxiety disorder which results from a traumatic experience (natural disaster, rape, a serious accident, kidnapping). Common symptoms include hypervigilance, flashbacks, avoidant behaviors, anxiety, anger and depression.
5 – Social Anxiety Disorder (SAD) or Social Phobia - describes an intense fear of negative public scrutiny or of public embarrassment or humiliation. When the patient must have a performance situation, the reaction of anxiety can be so intense, and then the patient avoids any exposure situation. Common symptoms include blushing, sweating and difficulty speaking.
Cognitive Behavior Therapy (CBT) is the treatment of choice for these types of disorders. The therapist works with the patients to understand how thoughts and feelings influence behavior; it focuses on the "here and now" problems and difficulties. Instead of focusing on the causes of your distress or symptoms in the past, it looks for ways to improve your state of mind now.
CBT can help you to change how you think (“cognitive”) and what you do (“behavior”). These changes may help you feel better.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cuidado com o que você fala ou canta para uma criança....

Ainda falando sobre crianças e da minha jornada de acompanhar meu sobrinho na fase de adaptação na escolinha.....olha o que achei enquanto navegava pela rede....mais um exemplo de que precisamos ter cautela do que falamos, como nos comportamos na frente de uma criança...rsrsr...é só uma piada ok...


Através de um microfone equipado com uma tecnologia inovadora, conseguiram pela primeira vez traduzir a conversa entre dois bebês. E esse diálogo caiu na Internet! Você irá se surpreender!

- E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Sabe a sua vizinha ali da casa amarela? Minha mãe diz que ela tem uma hortinha no fundo do quintal. Planta vários legumes. Será que sua mãe não quis dizer que seu pai deu um pulo por lá?
- Hmmmm. pode ser. Mas o que será que ele foi fazer lá? VIXE! Será que meu pai tem um caso com a vizinha?
- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Puta maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putzgrila! Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe, né? Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.
- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.
- Mas é ruim saber que o casamento deles é essa zona, né? Que meu pai sai com a vizinha e tal. Apesar que eu acho que ele também leva uns chifres, sabe? Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de ‘Anjo’. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele pode passar desfilando e tal.
- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.
- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo veio me falar que a vizinha cria perereca em gaiola, cara. Vê se pode? Só tem louco nessa rua.
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.


Fonte: http://www.hephesto.com/agrega

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Children see, children do

Genteee......estou acompanhando meu sobrinho de 1 ano e 4 meses que está em fase de adaptação na escolinha e como sou Analista do Comportamento não poderia deixar de observar algumas coisas...óbvio..rsrs....uma situação que me chamou atenção foi um garotinho que não queria ir brincar com os amiguinhos na play porque disse que estava com medo do "lobo mau"...ohh que dó que deu...ele se encolheu no cantinho e ficou lá de cabeça baixa quase chorando...a professora foi lá e explicou que o "lobo mau" é só na historinha da Chapeuzinho Vermelho e blablablabla...enfim ela conseguiu convencer o garotinho a ir brincar na play e tudo ficou bem......a partir dessa situação podemos observar que precisamos tomar muito cuidado nas palavras, nas atitudes, somos modelos para esses "pinguinho de gente", devemos saber como falar com uma criança, como agir com elas....não podemos fazer como o "marvado" do Watson fez com o pequeno Albert; ele gerou uma fobia em um bebê só para testar princípios experimentais. Ok...Watson foi importante para o Behaviorismo Metodológico, mas Skinner superou com seu Behaviorismo Radical.
Pecisamos ser bons modelos...





domingo, 8 de agosto de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

Filmes e transtorno alimentar

Alguns filmes que abordam o tema transtorno alimentar....

Preço da Perfeição: a história de Ellen Hart Pena - A história verdadeira de Ellen Hart, corredora que foi forçada a fazer regime para integrar o time americano de atletismo nas Olimpíadas de Moscou e acabou vitimada pela anorexia nervosa, num ano em que os EUA sequer disputaram os jogos, devido a um boicote político.

Por Amor a Nancy - Neste drama comovente, o casal Sally e Thomas Walsh descobre que sua filha, a jovem Nancy, tem anorexia - uma assustadora doença que se caracteriza pela ausência total de apetite e que provoca na pessoa o horror a alimentos, levando-a assim até a morte. Sally e Thomas internam a filha numa clínica especializada. Mas Nancy, maior de idade, recusa o tratamento e perde a vontade de viver.

Maus Hábitos - Matilde é uma jovem freira que acredita piamente no poder da fé. Secretamente, ela inicia um jejum místico para impedir uma inundação que ela acredita estar por vir. Elena é uma mulher linda e magra que tem vergonha do peso de sua filha, Linda, e pretende fazer de tudo para que ela esteja em forma no dia de sua Primeira Comunhão. A menina, por sua vez, está disposta a se defender até a morte para escapar do orgulho da mãe. Gustavo, o pai de Linda, redescobre o amor nos braços de uma estudante cujo apelido é Gordinha. Os personagens do longa tem suas vidas unidas não somente pelos laços familiares, mas, principalmente, pelos disturbios alimentares.

O Segredo de Kate - Casada com um bem-sucedido advogado, Kate é uma bela dona de casa que aparentemente tem uma vida perfeita. Mas ela esconde sua compulsão pela prática de exercícios físicos e um longo histórico de distúrbios alimentares.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

TDPM

Sobre o TDPM o DSM.IV diz:
" Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM): na maioria dos ciclos menstruais durante o ano anterior, sintomas (por ex., humor acentuadamente deprimido, ansiedade acentuada, acentuada instabilidade afetiva, interesse diminuído por atividades) ocorreram regularmente durante a última semana da fase lútea (e apresentaram remissão alguns dias após o início da menstruação). Estes sintomas devem ser suficientemente severos para interferir acentuadamente no trabalho, na escola ou atividades habituais e devem estar inteiramente ausentes por pelo menos 1 semana após a menstruação."

Assim sendo, podemos dizer que a Tensão Pré-Menstrual (TPM) é um mal que atinge uma grande parte da população feminina. É um período leigamente muito conhecido como "aqueles dias". Mas será que isso é normal? Será que todos os meses você precisa "sofrer", passar por isso? Com uma grande variedade de intensidade e de sintomas, a TPM acaba dependendo do estado emocional, físico e da idade da paciente.
Após vários estudos chegou-se à conclusão de que as pacientes portadoras de TPM podem e devem ser tratadas adequadamente. A paciente nota sensível melhora com o tratamento, seus filhos e maridos agradecem assim como seus colegas de trabalho.
O objetivo do tratamento é a redução dos sintomas, melhorando a qualidade de vida. São recomendadas mudanças no estilo de vida, através de exercícios aeróbicos, dieta pobre em carboidrato, sal e proteína, além de diminuir drasticamente o consumo de álcool, café e chá. A terapia cognitivo-comportamental é de grande valia, tem como foco primário os pensamentos ou interpretações que fazemos do que acontece conosco, com as pessoas e o mundo a nossa volta.
Afinal, como já dizia Epitecto: "Incomodam aos homens não as coisas em si, mas a opinião que têm delas".
Ao mudar nossos pensamentos e atitudes perante a nós mesmos e à vida, podemos também melhorar nossa qualidade de vida e bem estar.
O tratamento inclui antidepressivos, ansiolíticos, contraceptivos hormonais, diuréticos, suplementos nutricionais e a opção de não menstruar.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Poema x fobia social

INSTANTES

Se eu pudesse viver novamente minha vida, Na próxima,
trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão
perfeito, relaxaria mais, Seria mais tolo ainda do que
tenho sido, Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico, correria mais riscos, viajaria mais,
contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas,
nadaria mais rios. Iria a lugares onde nunca fui, tomaria
mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e
menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e
produtivamente cada minuto da vida: claro que tive momentos
de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter
somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso é feita
a vida, só de momentos; não perca o agora. Eu era um desses
que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de
água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse
a viver viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no
começo da primavera e continuaria assim até o fim do
outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais
amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra
vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que
estou morrendo.
                                                             (autor desconhecido)


Neste poema observamos algumas características dos fóbicos sociais. Chama a atenção nos fóbicos sociais a excessiva preocupação com seu próprio desempenho e conduta. É notável em todos eles o medo de cometer erros. Como se cometê-los significasse pôr tudo a perder. Como se errar não fosse fundamental para o nosso aprendizado. (trecho retirado do livro “Sem medo de ter medo” de Tito Paes de Barros Neto)

 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Transtorno do Estresse Pós Traumático (TEPT)

Aqui em Marília cidade média do interior de SP a população está em pânico....há algum tempo uma família perdeu um de seus membros assassinado...a família está de luto e com pavor de sair de casa...aliás não só a família mas a população em geral...Ouvi dizer que a irmã do rapaz morto não quer ficar sozinha em casa, tem sonhos recorrentes com o irmão, chora constantemente, não faz mais os serviços domésticos, não quer sair de casa para não passar na calçada onde o irmão foi morto, etc....é bem provável que ela sofra de TEPT...

Transtorno de Estresse Pós Traumático
Este transtorno atinge cerca de 1 a 2% da população desenvolvendo-se em qualquer período da vida, principalmente em condições onde a pessoa é freqüentemente exposta a situações de risco, como nos demais transtornos de ansiedade, ocorre com mais freqüência no sexo feminino. Não é um transtorno muito difundido nos meios de comunicação, mas traz prejuízos importantes aos seus portadores, levando a abuso de álcool, depressão e suicídio.
Os principais critérios diagnósticos para o TEPT são:
Exposição a um ou mais eventos traumáticos aos quais à pessoa tenha vivenciado, testemunhado ou se confrontado; envolvendo ameaças a integridade física própria ou de outros.
Diante do evento o paciente responde com um medo intenso, impotência ou horror.
O evento traumático é persistentemente revivido das seguintes formas: recordações (imagens, pensamentos ou percepções) aflitivas e intrusivas; pesadelos repetidos; flashbacks e grande sofrimento quando confrontada com indícios que lembram aspectos do evento traumático.
Esquiva de estímulos associados ao evento traumático caracterizados por: evitação de pensamentos, sentimentos, conversas, locais e pessoas associadas com o trauma, incapacidade de recordar algum aspecto importante ao evento, redução no interesse e participação em atividades significativas, sensação de distanciamento ou afastamento em relação a outras pessoas e falta de perspectiva em relação ao futuro.
Dificuldade em conciliar ou manter o sono, irritabilidade, dificuldade em se concentrar, excesso de vigilância das sensações físicas e do ambiente onde a pessoa vive e resposta de sobressalto exagerada.
Para caracterizarmos como um transtorno, a duração dos sintomas deverá ser superior a um mês.
Diante do evento traumático o individuo comporta-se de maneira imprevisível, para alguns indivíduos as reações são passageiras para outros são de longa duração e de conseqüências sérias (Ursano, 1994). As situações traumáticas são carregadas de intensidade, podendo afetar uma pessoa ou comunidades inteiras (Figley apud. Mocellin, 1996).
Situações traumáticas são definidas por: tortura, terrorismo, rapto, guerra, acidentes naturais, seqüestros, incêndios, assaltos, agressões, conhecimento de doença com risco de morte em filhos, diagnósticos de doenças que levem à morte, desastres automobilísticos e aéreos, contato com crianças mortas ou gravemente feridas, morte ou lesão grave de um colega de trabalho, suicídio de um colega ou qualquer evento de impacto importante e não habitual dentro de um grupo.
Excluímos do quadro: luto simples, doenças crônicas, perdas financeiras e conflito conjugal.
Como nos outros transtornos de ansiedade, não existe uma causa definida, apesar de vários modelos biológicos e psicológicos tentarem explicá-lo.
O tratamento com melhores resultados é a associação entre medicação e psicoterapia cognitivo-comportamental. A medicação vai ajudar a diminuir a ansiedade e a psicoterapia vai ensinar o paciente a lidar com os sintomas decorrentes do quadro, como por exemplo: pesadelos, flashbacks, esquiva, além de capacitá-lo a como se expor às situações ou lembranças traumáticas porventura evitadas.
É interessante acrescentarmos que se a ocorrência dos sintomas apresentados acima, perdurarem por duas a quatro semanas o diagnóstico estabelecido é de Transtorno de Estresse Agudo, e portanto, desaparecendo após o período determinado.
Observação: Qualquer diagnóstico deve ser realizado por um profissional de saúde especializado. Caso você tenha estes sintomas, de uma maneira freqüente, intensa e que prejudique o seu cotidiano, procure ajuda. Quanto antes iniciar o tratamento adequado, melhor será a evolução

Texto retirado de http://www.aporta.org.br

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pense nisso....13

"Quanto mais variáveis das quais o comportamento é função são identificadas, e seu papel analisado, menos coisas restam para ser explicadas de maneiras mentalistas". (B.F. Skinner).

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Anorexia




A anorexia nervosa (AN), caracterizada por uma recusa alimentar que leva à caquexia, chegou ao final do século XX, após diversas concepções, como síndrome específica com características clínicas distintas, que se manifestam de maneira semelhante em diversas regiões do globo. Diversos critérios operacionais foram propostos para AN, a maioria deles englobando basicamente:
▫ comportamentos visando a perda de peso e sua manutenção abaixo do normal;
▫ medo de engordar;
▫ distúrbio de imagem corporal e
▫ distúrbio endócrino (ex. amenorréia).

Subtipos da AN
1. RESTRITIVO: no qual os indivíduos não têm Compulsões periódicas, nem purgações, e
2. PURGATIVO/COMPULSÃO PERIÓDICA: onde os indivíduos se envolvem regularmente em compulsões alimentares ou purgações.

TCC e os Transtornos Alimentares
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma intervenção semi-estruturada, objetiva e orientada para metas, que aborda fatores cognitivos, emocionais e comportamentais no tratamento dos transtornos psiquiátricos.As estratégias sugeridas para o tratamento da AN objetivam a diminuição da restrição alimentar e da freqüência de atividade física, facilitando o aumento do peso; a diminuição do distúrbio da imagem corporal; a modificação do sistema disfuncional de crenças associadas à aparência, peso e alimentação e o aumento da auto-estima.
Os transtornos alimentares (TA) são multideterminados e resultam da interação entre fatores biológicos, culturais e experiências pessoais. A TCC ocupa-se da identificação e correção das condições que favorecem o desenvolvimento e manutenção das alterações cognitivas e comportamentais que caracterizam os casos clínicos. Extensamente utilizadas no tratamento dos TA, técnicas cognitivas e comportamentais têm sido avaliadas e reconhecidas como estratégias eficazes na melhora dos quadros clínicos.

domingo, 1 de agosto de 2010

Piadinha....

João estava vendo um psicanalista durante quatro anos para curar o medo que ele tinha de um monstro que ele tinha embaixo da cama. Levou anos sem ele ter uma boa noite de sono. Seu progresso era lento, e ele sabia disso. Então, um dia ele parou de ir ao psicanalista e decidiu tentar algo diferente. Algumas semanas depois, o psicanalista do João encontrou-o num supermercado e ficou surpreso de vê-lo bem descansado, enérgico e satisfeito.
-"Doutor!", disse João, "É incrível! Eu estou curado!"
O psicanalista disse:-"Que bom! Você parece muito melhor. Como conseguiu?"
João:-"Eu fui a outro doutor e ele me curou em UMA sessão!"
-"Uma?", o psicanalista incrédulo.
João:-"Sim, ele era behaviorista".
- "Um behaviorista? Como ele te curou em uma sessão?", perguntou o psicanalista.
-"Ah, foi fácil, ele me disse pra cortar as pernas da minha cama".
RS....


 
Resumindo e falando sério......João alterou uma contingência e conseqüentemente eliminou um estímulo aversivo.


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