quarta-feira, 18 de maio de 2011

Personalidades transtornadas (parte 4 de 7)

Stálin - O desconfiado.





Um ditador mata muitos inimigos. Mas um ditador paranoico mata também os amigos - como Stálin, que executou um terço dos 3 milhões de membros do Parido Comunista.





Que atire a primeira pedra quem nunca desconfiou de alguém sem razão alguma. Agora imagine se essa sensação durasse o tempo todo, na mente de um ditador sanguinário com armas atômicas e um exército de milhões de soldados. Josef Vissarionovich Dzhugashvili - ou Stálin, para os 3 milhões de pessoas assassinadas por causa dele - era de fato mais que desconfiado. Segundo a psicóloga política Rose McDermott, o que tele tinha era transtorno de personalidade paranoide.
O paranoico suspeita sempre que alguém o engana. Por achar que tudo pode ser usado contra si, ele testa sempre a lealdade dos colegas e parceiros e luta para não deixar decisão alguma na mão deles. É o que explica que o líder comunista expurgasse todo o seu gabinete sempre que suspeitasse que alguém pensasse em traí-lo. Afinal, que melhor maneira de matar a dúvida que eliminá-la pela raiz?
De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, de 0,5 a 2,5% das pessoas são paranoides. Seu transtorno pode manifestar-se na infância, mas as coisas ficam sérias no começo da idade adulta. É a história do jovem excêntrico, crítico, frio, que prefere ficar sozinho. Não é que ele odeie as pessoas à sua volta: apenas as culpa por tudo e não confia em ninguém. Por fim, torna-se autossuficiente e usa o poder para que ninguém possa atacá-lo.
Toda a vida de Stálin serviu para que ele galgasse e mantivesse mais poder. Pena de quem cruzasse seu caminho: sua única incerteza era: "Prender ou executar?" É claro que não era nada pessoal. A explicação de Stálin para mandar milhares de pessoas para campos de trabalho forçado na Sibéria, onde muitos morriam de frio, fome e esgotamento, eram sempre questões "políticas" - não importava se a desconfiança viesse de uma denúncia, de um sonho, de um estalo.
Afinal, o paranoico vê ameaças ocultas em acontecimentos cotidianos. É um rancoroso implacavél: qualquer insulto, qualquer deslize fica armazenado na memória como prova de um ataque. E tudo acaba sendo voltado à sua pessoa: um comentário pode ganhar uma dimensão de ataque grave, e o paranoico acabará reagindo com outro, geralmente rápido, impulsivo e desproporcional.
Apesar de o paranoico não ser nenhuma flor de pessoa, seu poder frequentemente atrai um grupo a seu redor. Stálin era pródigo em cercar-se de assassinos fiéis, que não hesitavam em torturar sua própria família. Ganhou notoriedade por mandar matar até esposas de seus colaboradores. Assim se tornou o líder de um culto paranoico, misto de adoração e medo, que durou 3 décadas e custou a vida de milhões, até que morresse, em 1953, de infarto. Estava no auge de seu transtorno, louquinho da Silva.

 
O que ele pensa: "As pessoas são perigosas."

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