Freud (1900/1996) popularizou o uso da análise de sonhos para fins psicoterapêuticos. Apresentou os sonhos como uma maneira de satisfazer desejos inconscientes. Para o autor, os sonhos são entendidos como atividades mentais oriundas de instâncias psíquicas governadas por leis próprias. Em contraste, para Skinner (1974/1993b), os sonhos são comportamentos privados e podem ser compreendidos como comportamentos de ver, mais especificamente de ver na ausência da coisa vista. O ver na ausência da coisa vista é resultado de contingências que não estão presentes no momento do sonhar, mas que afetaram os repertórios de ver do cliente de maneira importante.
Ao considerarmos que o indivíduo constrói seu universo da mesma forma quando acordado ou sonhando, devemos considerar também que seu comportamento de ver deveria estar evidente tanto no dia a dia quanto nos seus sonhos. Porém, o mundo físico em torno da pessoa acordada determina em grande parte o que pode ser visto, em outras palavras, é importante fonte de controle do comportamento. Ao se eliminar esta fonte de controle durante o sono, maior liberdade é permitida. A história da pessoa, as emoções e as privações têm oportunidade de controlar de forma mais plena o comportamento de ver. Enquanto acordado, pressões sociais ou impossibilidade material podem evitar que sejam emitidos comportamentos que estão presentes com força no repertório do cliente. No sonho, ocorrem comportamentos que não seriam tolerados na vida real e outros que infringem as leis da física. Dessa forma, criam-se condições únicas para a observação de comportamentos que não ocorrem na vida real, mas mesmo assim trazem dicas sobre contingências que afetam o cliente (Vandenberghe, 2004).
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