terça-feira, 30 de novembro de 2010

Codependência

Intrigante e até misteriosa, é a aparente perseverança com que alguns familiares, normalmente cônjuges e companheiros(as), se dedicam aos parentes com problemas de dependência, alcoolismo, jogo patológico ou outro transtorno grave da personalidade. Difícil entender como e porque essas pessoas suportam heroicamente todo tipo de comportamento problemático, ou até atitudes sociopáticas dos companheiros(as), como se assumissem uma espécie de desígnio ou “carma”, para o qual fossem condenados para todo o sempre.
Não se consegue compreender porque essas pessoas abrem mão da possibilidade de ser feliz ou de diminuir o sofrimento, permanecendo atreladas à pessoa problemática, suportando toda a tirania de sua anormalidade, como se esse fosse o único papel reservado pelo destino.
Os profissionais com prática no exercício da clínica psiquiátrica sabem das dificuldades existenciais dessas pessoas codependentes, ou seja, “dependentes” dos companheiros(as) problemáticos, quando estes deixam o vício. Parece que os codependentes ficaram órfãos, de uma hora para outra, perdidos e sem propósito de vida. Não é raro que passem elas, as pessoas codependentes, a apresentar problemas semelhantes àqueles dos antigos dependentes que cuidavam.
Codependência é um transtorno emocional definido e conceituado por volta das décadas de 70 e 80, relacionada aos familiares dos dependentes químicos, e atualmente estendido também aos casos de alcoolismo, de jogo patológico e outros problemas sérios da personalidade.
Codependentes são esses familiares, normalmente cônjuge ou companheira(o), que vivem em função da pessoa problemática, fazendo desta tutela obsessiva a razão de suas vidas, sentindo-se úteis e com objetivos apenas quando estão diante do dependente e de seus problemas. São pessoas que têm baixa auto-estima, intenso sentimento de culpa e não conseguem se desvencilhar da pessoa dependente.
O que parece ficar claro é que os codependentes vivem tentando ajudar a outra pessoa, esquecendo, na maior parte do tempo, de cuidar de sua própria vida, auto-anulando sua própria pessoa em função do outro e dos comportamentos insanos desse outro. Essa atitude patológica costuma acometer mães (e pais), esposas (e maridos) e namoradas(os) de alcoolistas, dependentes químicos, jogadores compulsivos, alguns sociopatas, sexuais compulsivos, etc.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Piadinha...

Doutor, todas as noites eu vejo crocodilos azuis.
— Você já viu um psicólogo?
— Não, não. Só crocodilos azuis.







domingo, 28 de novembro de 2010

O que é stress? Quais os benefícios da terapia?

Vivemos num mundo onde determinados termos são usados como sinônimos por diferentes pessoas em diversas situações. Um deles é o stress.
A criança diz:"não posso nem olhar para minha mãe, ela vive estressada"; o adolescente reclama: "minha casa está puro stress"; a dona de casa queixa-se: "não sei se é a TPM, mas ando num stress..."; o executivo reclama: "preciso urgentemente fazer algo, não suporto mais este stress"...
Como observamos nas diferentes queixas, as pessoas consideram o stress como algo que vem de "dentro" dela e contra o qual tem que lutar.
Para nós, psicoterapeutas, que trabalhamos na abordagem chamada Terapia por Contingências de Reforçamento, o stress ou nervosismo são termos utilizados pela comunidade verbal para descreverem determinados estados corporais que produzem certos sintomas. Porém, somente a descrição da situação na qual a pessoa fica estressada não é suficiente. Precisamos analisar as contingências de reforçamento que estão controlando e mantendo o comportamento " estressado". Como se pode ver, o critério não é o estado corporal e sim as contingências de reforçamento.
Nas queixas acima descritas, as pessoas não relacionam os estados corporais com a atuação de contingências coercitivas que estão presentes em suas vidas e acabam produzindo comportamentos de fuga-esquiva e ao mesmo tempo eliciando respostas respondentes (aumento dos batimentos cardíacos, pressão no peito etc). Devido a essa dificuldade de discriminação, elas ficam mais sob controle das reações respondentes, que acabam tendo a função de um pré- aversivo, ou seja, "um aviso de que algo ruim virá". Sendo assim, conhecendo-se as contingências de reforçamento, o psicoterapeuta poderá identificar os déficits ou excessos comportamentais envolvidos na queixa apresentada e assim ajudar o cliente a identificar e descrever as relações funcionais entre os comportamentos e as variáveis ambientais presentes. Desta maneira, os comportamentos inadequados são possíveis de serem tratados e modificados na direção em que for mais benéfico à pessoa, visando uma melhor qualidade de vida.
Todos nós somos afetados direta e indiretamente por acontecimentos no nosso dia-a-dia, sobre os quais não temos controle. É o trânsito, a violência, o desrespeito com o ser - humano. Tudo isso nos afeta. Porém, uns conseguem um grau de controle maior do que outros. Porque será que isso ocorre?
Podemos encontrar essa resposta analisando a história de vida da pessoa, ou seja, como ela "aprendeu" a lidar e enfrentar as situações difíceis que a vida lhe impôs e quais as conseqüências que obteve nesse enfrentamento. Se forem positivas, provavelmente essa pessoa futuramente saberá lidar melhor com situações adversas em sua vida; caso contrário ela apresentará um déficit de repertório que dificultará esse enfrentamento. A isso chamamos história de contingências.
Concluindo: nossos comportamentos são produtos de nossa história de contingências e das contingências atuais em operação. Mudando-se as contingências, alteramos o comportamento. Esse é o grande benefício da psicoterapia.

Texto de Conceição Aparecida dos Santos Covre Batista, disponível em: http://www.terapiaporcontingencias.com.br/dialogo_edicao01.php

sábado, 27 de novembro de 2010

Crenças irracionais

Em post anterior coloquei um resumão das distorções cognitivas, hoje posto um resumão das principais crenças irracionais.

Crenças irracionais

1. A idéia de que existe uma extrema necessidade para qualquer ser humano adulto ser amado ou aprovado por qualquer outra pessoa significativa em sua comunidade.
2. A idéia de que se deva ser inteiramente competente, adequado e realizador em todos os aspectos possíveis para se considerar como tendo valor.
3. A idéia de que é terrível e catastrófico quando as coisas não são do jeito que gostaríamos muito que fossem.
4. A idéia de que certas pessoas são más, perversas e velhacas e de que elas deveriam ser severamente responsáveis e punidas por sua maldade.
5. A idéia de que a infelicidade humana é extremamente causada e de que as pessoas têm pouca ou nenhuma habilidade para controlar seus infortúnios e distúrbios.
6. A idéia de que se alguma coisa é ou pode ser perigosa ou assustadora, deve-se ficar terrivelmente preocupado e ficar ruminado sobre sua possível ocorrência.
7. A idéia que é mais fácil evitar do que enfrentar certas dificuldades ou responsabilidades na vida.
8. A idéia de que se deva ser dependente dos outros e de se necessite de alguém mais forte em quem se apoiar.
9. A idéia de que a história passada de alguém é um determinante definitivo do seu comportamento presente e, se algo afetou uma vez fortemente a sua vida, isso continuará tendo indefinidamente um efeito similar.
10. A idéia de que se deva ficar muito transtornado com os problemas e preocupações de ouras pessoas.
11. A idéia de que há invariavelmente uma solução certa, precisa e perfeita para os problemas humanos e de que é catastrófico se esta solução perfeita não é encontrada.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Manejo de contingências

Olhem este lindo cachorrinho....



Arranjo de contingências e muito reforço positivo.
Quem treinou "essa belezinha" manejou tão bem as contingências que resultou esses comportamentos no cãozinho.
Manejo de contingências me faz lembrar de modelagem. O treinador provavelmente modelou o comportamento do cãozinho através de instruções verbais, reforçando (com aqueles biscoitinhos que todo cão adora, e carinho - tipo afagos) diferencialmente a cada mínimo acerto dele.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pense nisso...26

A escolha é clara: ou não fazemos nada e permitimos que um futuro miserável e provavelmente catastrófico nos alcance, ou usamos nosso conhecimento sobre o comportamento humano para criar um ambiente social no qual poderemos viver vidas produtivas e criativas, e fazemos isso, sem pôr em risco as chances de que aqueles que se seguirão a nós serão capazes de fazer o mesmo. (B. F. Skinner, 1978)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Distorções cognitivas

Hoje resolvi colocar aqui um resumão das distorções cognitivas.

DISTORÇÕES COGNITIVAS

1. INFERÊNCIA ARBITRÁRIA: extrair uma conclusão específica sem evidências para apoiar essa conclusão, ou quando as evidência são contrárias à conclusão;
2. ABSTRAÇÃO SELETIVA: focalizar um detalhe extraído do contexto, ignorar outras características mais salientes da situação e conceituar a experiência toda com base neste fragmento.
3. HIPERGENERALIZAÇÃO: padrão de extrair uma regra geral ou conclusão com base em um ou mais incidentes isolados e aplicar indiscriminadamente a situações isoladas ou não.
4. CATASTROFIZAÇÃO: Ocorre um erro grosseiro de avaliação da importância, da magnitude de um evento. Um caso ou uma circunstância é percebido sob um prisma maior que o apropriado.
5. PERSONALIZAÇÃO: relacionar eventos externos à si mesmo quando não há qualquer base para estabelecer essa conexão.
6. PENSAMENTO DICOTÔMICO E ABSOLUTISTA: tendência a colocar todas as experiências em uma entre duas categorias oposta; Ex: bom/mau; perfeito/fracassado.
7. VISÃO EM TÚNEL: é a constante atribuição de intenção negativa às ações do outro no relacionamento.
8. ROTULAÇÃO: é a tendência a descrever erros por rótulos pessoais.
9. LEITURA DE PENSAMENTO: é como ter o “ dom mágico” de saber o que o outro está pensando, sem o auxílio da comunicação verbal.
10. DECLARAÇÂO DEVERIA: tem–se uma idéia rígida estabelecida de como se “ deveria” comportar ou como o outro deveria se comportar.
11. DESQUALIFICAÇÃO DO POSITIVO: é a tendência a rejeitar experiências ou fatos positivos que “não contam”
12. RACIOCÍNIO EMOCIONAL: a pessoa pensa que algo deve ser verdade apenas por que ela “sente” que é.
13. MAXIMIZAÇÃO: a pessoa atribui importância excessiva a um evento corriqueiro.
14. MINIMIZAÇÃO: a pessoa desconsidera fatos importantes por fuga ou evitação de uma realidade.
15. FALÁCIA DO CONTROLE: há a idéia de que se pode ter controle total sobre um determinado evento da vida daria se todas as providências forem tomadas ou ainda se já se tiver pensado exaustivamente no assunto antes.
16. ERRO ORACULAR: é a tendência a antecipar que as coisas vão dar errado “de qualquer maneira,sem base para esta afirmação”.
17. AUTO AVALIAÇÃO FOCADA NO OUTRO: a pessoa se avalia apenas com base na comparação com outras pessoas e nunca pelos seus próprios progressos.
18. EXTERNALIZAÇÃO DO PRÓPRIO VALOR: a pessoa fica continuamente à espera de elogios vindos daqueles que admira e idealiza.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ansiedade social

Algumas pessoas têm tanto medo de serem julgadas que esse medo toma conta de sua vida e elas ficam continuamente ansiosas a respeito de estar perto de outras pessoas, a ponto de tenderem a adotar uma estratégia rígida de evitação. Essa condição debilitante é chamada de ansiedade social.
Se você sofre de ansiedade ou fobia social, pode ser devido à sua falta de confiança em si mesmo. Pode ser que você não queira estar perto de certas pessoas ou numa multidão porque pensa que não é bom o suficiente. Pode ser que não queira ir a festas por acreditar que é socialmente inadequado. Pode ser que você deteste falar com seu chefe porque teme deixar escapar alguma coisa que prove quanto o seu trabalho é ruim. Basicamente, você está se convencendo - tanto no nível consciente quanto inconsciente - de que não é suficientemente bom. Isso pode afetar sua vida de muitas maneiras porque você não permite que as pessoas se aproximem, sente que precisa manter uma personagem pública falsa, vive com medo de ser desmascarado, e assim tende a se retrair.
Essa insegurança se baseia na crença de que você não é suficientemente bom como ser humano. Isso pode parecer exagero quando está escrito em preto e branco, mas é incrivelmente comum: cerca de 84% das pessoas se sentem assim por curtos períodos em algum ponto de suas vidas.
A ansiedade social pode se manifestar como um medo específico, por exemplo, o medo de multidões ou medo de autoridades, ou apenas como uma ansiedade geral a respeito de interagir com os outros. Mas, independentemente de como se manifesta, se você  sofre de ansiedade social é porque está se aterrorizando de preocupação a respeito de como os outros o percebem. Você tenta prever o que as outras pessoas estão pensando, compõe o pior cenário possível, e imagina que as pessoas estão sempre o criticando. Mas, por melhor que pense ser em adivinhações, você nunca poderá saber realmente o que outras pessoas estão pensando. Assim, se seus pensamentos negativos não provêm da realidade externa, devem provir do seu mundo interior - e são, em parte, criados pelas suas conversas consigo mesmo.
Uma voz crítica interna muito forte é uma das características que definem a ansiedade ou fobia social. Este "tirano" dentro da sua cabeça adivinha o que as outras pessoas pensam: Elas pensam que sou ridículo. Pensam que não sou suficientemente bom. Estão rindo de mim. Então, por causa disso, ele também dita dita o que você pode e não pode fazer: Não posso ir àquela festa. Não posso comprar naquela loja. Não posso fazer aquela apresentação. Não posso fazer aquela visita. Preciso continuar com meu emprego atual. Não posso mudar. Cada vez que seu diálogo interno diz uma coisa dessas, você constrói mais evidencias que provam o quanto é inadequado; assim, você passa a ter medo de estar perto de pessoas, porque não pode enfrentar o julgamento negativo delas.   

 

Trecho retirado do livro: Livre-se do medo - como superar e vencer obstáculos. Dra. Lucy Atcheson

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Fuga x esquiva

Os procedimentos de fuga diferem dos procedimentos de esquiva, nos quais uma resposta evita ou atrasa um estímulo aversivo. Essa terminologia é consistente com o uso cotidiano: fugimos de circunstâncias aversivas presentes, mas nos esquivamos de circunstâncias  potencialmente aversivas. Por exemplo, podemos sair de uma festa para fugir de uma companhia que já está ali ou para nos esquivar de alguém que estaria para chegar mais tarde.



O que vemos na figura acima???
Possivelmente o "carinha" está fugindo do outro que o está puxando ou está querendo se esquivar de algum acontecimento que esta por vir....precisamos analisar bem a situação para dizer ao certo o que está acontecendo.
No processo terapêutico pode acontecer os dois procedimentos.
O que fazer se isso acontecer???
Se o cliente foge ou se esquiva da terapia, provavelmente ele (a) não está preparado para o processo terapêutico (cada cliente tem seu tempo; o cliente ao solicitar ajuda terapêutica, está sob controle de contingências aversivas, mas precisamos ter sensibilidade de perceber e respeitar o tempo do cliente), ou estamos sendo uma audiência punitiva.
Para que os repertórios, que estão sob controle aversivo, possam ser emitidos pelo cliente, o terapeuta precisa atuar como uma audiência não-punitiva (Skinner, 1994). Os efeitos da audiência não-punitiva são descritos por Skinner (1994) da seguinte maneira:
"Se esse comportamento estava inteiramente reprimido, pode a princípio alcançar apenas o nível encoberto; o indivíduo pode se comportar verbal ou não-verbalmente "consigo mesmo"... O comportamento mais tarde pode vir a ser trazido ao nível aberto. O paciente pode também começar a exibir emoções fortes: pode ter uma crise de choro, dar uma demonstração violenta de temperamento, ou ficar "histericamente" doente" (p. 350).
Se, por um lado, os efeitos da audiência não-punitiva são de fundamental importância para o processo terapêutico, por outro pode-se afirmar que tais efeitos, pelo menos no primeiro momento, são situações aversivas para o cliente, uma vez que, ao falar sobre suas dificuldades, entra em contato com o que o faz sofrer. Enquanto o contato com o sofrimento ocorre, o terapeuta continua exercendo seu papel de audiência não-punitiva, acolhendo, compreendendo e aceitando as verbalizações ou outros comportamentos apresentados pelo cliente. Neste caso, o comportamento do cliente está sendo mantido, tanto por reforçamento positivo (feedbacks verbais e não-verbais fornecidos pelo terapeuta), quanto por negativo (alívio ao expor o que estava "guardado").
Nas palavras de Skinner (1994), o comportamento de continuar em terapia pode estar sendo controlado pelo alívio produzido em função "do condicionamento ou extinção de reflexos emocionais" (p. 349).
Para que o processo terapêutico possa produzir mudanças na relação do cliente com seu ambiente, a consciência se mostra fundamental, na medida em que é "nele [que] está a possibilidade de autogoverno, de autocontrole" (Sério, 1997, p. 213).
A consciência, também denominada por Skinner de autoconhecimento, é aqui compreendida como um comportamento encoberto, instalado e mantido pela comunidade verbal, como qualquer outro comportamento que ocorre no mundo sob a pele. Seria uma resposta discriminativa aos próprios eventos privados, expressa na forma verbal (Skinner, 1991b; Tourinho, 1995).
Sobre a importância da consciência ou do autoconhecimento, cabe lembrar que, na concepção de Skinner (1983), o comportamento - para ser efetivo sobre o meio - prescinde da consciência do indivíduo. Apesar disto, reconhece a relevância deste comportamento, ao afirmar que "Uma pessoa que se "tornou consciente de si mesma" por meio de perguntas que lhe foram feitas está em melhor posição de prever e controlar seu próprio comportamento" (Skinner, 1991b, p. 31).
Segundo Baptistussi (2000), a ausência completa de autoconhecimento evita os efeitos da punição; assim, estar inconsciente é mantido por reforçamento negativo. Em contrapartida, quando o cliente inicia uma terapia, torná-lo consciente amplia seu poder de atuação sobre o ambiente. Deste modo, o terapeuta direcionará o seu trabalho visando a extinção dos comportamentos de fuga e esquiva, consciente e inconscientemente emitidos pelos clientes em relação às suas dificuldades. Para alguns, esta conduta pode, por si só, tornar o processo terapêutico uma situação potencialmente aversiva.
O próprio Skinner (1994) estava atento para esta situação quando argumentou:
"Entre os tipos de comportamento com maior probabilidade de gerar estímulos condicionados aversivos, como resultado de punição, está o comportamento de observar o ato punido ou de observar a ocasião para o ato ou qualquer tendência a executá-lo. Como resultado da punição, não apenas nos empenhamos em outros comportamentos que excluam as formas punidas, mas empenhamo-nos também em comportamentos que excluem o tomar conhecimento do comportamento punido" (p.278).
Diante do exposto, argumenta-se que a terapia pode se tornar uma situação aversiva, para alguns clientes, na medida em que o próprio ato de lembrar e verbalizar sobre as situações e comportamentos-problema faz com que o cliente sinta o que vivenciou quando teve seu comportamento punido e/ou colocado em extinção. Esta é uma situação que reforça a afirmativa de que a terapia envolve um conflito do tipo esquiva-esquiva – o cliente procura terapia para obter alívio de seu sofrimento; mas ao procurá-la, também sofre, podendo vir a se esquivar dela.


Fonte: Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição - A. Charles Catania
                Terapia: sofrimento necessário? Nazaré Costa

domingo, 21 de novembro de 2010

Criminal Minds

Uma das séries que gosto de assistir é Criminal Minds. Indico a quem gosta e curte psicologia comportamental.

Uma série diferente de todas as investigativas existentes na TV. Audaciosa e fora do comum, Criminal Minds reúne agentes especiais que vão estudar o comportamento de suspeitos, tanto na cena do crime quanto em sua vida no trabalho e em casa, até chegar ao real criminoso. A Unidade de Análise Comportamental (Behavioral Analysis Unit, BAU) do FBI é responsável por analisar e traçar o perfil psicológico de criminosos para antecipar seus próximos passos antes que eles ataquem novamente. Um dos agentes mais notáveis e um membro fundador da BAU, David Rossi (Joe Mantegna), retorna a Unidade para ajudar a equipe a resolver casos novos. A equipe é liderada pelo Agente Especial Aaron Hotchner (Thomas Gibson), um homem de família capaz de ganhar a confiança das pessoas e descobrir seus segredos. Também estão na equipe Emily Prentiss (Paget Brewster), filha de um importante diplomata que acabou de entrar para a divisão e tem que provar seu valor para Hotchner; Agente Especial Derek Morgan (Shemar Moore), um especialista em crimes obsessivos; Agente Especial Dr. Spencer Reid (Matthew Gray Gubler), um gênio incompreendido com um QI social baixo e um QI intelectual altíssimo; Jennifer "JJ" Jareau (AJ Cook), uma jovem agente que age como uma unidade de integração da equipe, e Penelope Garcia (Kirsten Vangsness), uma expert em computação que ajuda na investigação dos casos. Cada membro, dentro de sua especialidade, tenta apontar as motivações dos criminosos e identificar as causas emocionais para impedi-los de agirem.
A equipe de Criminal Minds faz uma análise de contingências (famosa contingência de três termos: A - B - C); eles não olham somente para as evidencias, essas evidencias ajudam eles a determinar por quê o assassino escolheu aquela vítima; eles estudam o comportamento dos criminosos nas cenas dos crimes ou onde eles vivem ou trabalham, para descobrirem o que eles pensam.

A: Antecedente (Antecedent)
B: Comportamento (Behavior)
C: Consequente (Consequent)

sábado, 20 de novembro de 2010

Sem imagens

Genteeee....não estou conseguindo postar com imagens..o que acontece???

Imagens chama a atenção de um blog, aliás não só de um blog mas também de textos, livros, jornais, revistas, etc.
Quem nunca pegou um livro e o folheou, procurando por uma imagem?? Nem que essa imagem fosse um gráfico, uma tabela, ou mesmo fotos dos autores, fotos de personalidade???
Até aquele livro imenso de Skinner (O Comportamento verbal) tem suas figuras.......
Imagem é tudo!!!!! Não tem uma propaganda que fala isso? Não me lembra qual agora....
Já viram aqueles livros infantis sem texto e só com imagens?
Esse tipo de livro permite que a criança descubra sua própria voz e desenvolva o senso do que é lógico e possível na história, transformando-se em uma narradora e desenvolvendo um processo de significação por meio da linguagem visual, gerando múltiplas interpretações e estimulando a imaginação.
Até hoje nas minhas aulas de inglês o "teacher" pede para que nós, alunos, olhe para a imagem e descreva o que estamos vendo, in english of course.....detalhe: minha turma de inglês só tem adultos.
Não fica mais fácil lembrar de algo quando você associa com alguma imagem, figura,  foto??
Para mim sim, fica bem mais fácil lembrar de algo....

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Geração X, Y,Z

Costumo assistir Jornal da Globo e achei interessante a reportagem sobre as gerações.
Eu não sou Y e muito menos da Z,...heheh..sou da geração X.
E vocês? Qual geração é a sua?

GERAÇÃO X
Geração X, também abreviado como Gen X, é o termo que refere-se a geração nascida após o "Baby boom". Embora não haja acordo em relação ao período que a expressão abrange, ela geralmente inclui as pessoas nascidas a partir do início dos anos 1960 até o final dos anos 1970, podendo alcançar o início dos anos 1980, sem contudo ultrapassar 1982.
São pessoas mais céticas, preferem a estabilidade da profissão, sem muito interesse em assumir lideranças e postura de autoridade, buscando a tranqüilidade na vida pessoal. 
O termo foi popularizado pelo romance “Geração X: contos para uma cultura acelerada”, 1991, do autor canadense Douglas Coupland, sobre os jovens do final dos anos 1980 e seu estilo de vida. Enquanto o livro de Coupland ajudou a popularizar a expressão “Geração X”, um artigo da revista 1989, erroneamente, atribuíu o termo ao músico inglês Billy Idol. Na verdade, Idol foi membro da banda punk Generation X de 1976 a 1981, cujo nome foi adotado após a publicação do livro de Deverson e Hamblett, em 1965, uma cópia do qual foi adquirida pela mãe de Idol.
Nos EUA, Generation X originalmente referia-se a "baby bust", geração assim nomeada por causa da queda da taxa de natalidade após o “Baby boom”.

GERAÇÃO Y
A Geração Y, também chamada Geração do milénio ou Geração da Internet é um conceito em Sociologia que se refere, segundo alguns autores, à coorte dos nascidos após 1980 e, segundo outros, de meados da década de 1970 até meados da década de 1990, sendo sucedida pela Geração Z.
Esta geração desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica.
Os pais, não querendo repetir o abandono das gerações anteriores, encheram de presentes, atenções e atividades, fomentando a autoestima de seus filhos.
Eles cresceram vivendo em ação, estimulados por atividades, fazendo tarefas múltiplas.
Acostumados a conseguirem o que querem, não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e lutam por salários ambiciosos desde cedo.
Uma de suas características atuais é a utilização de aparelhos de telefonia celular para muitas outras finalidades além de apenas fazer e receber ligações como é característico das gerações anteriores.
Enquanto grupo crescente, tem se tornado o público-alvo das ofertas de novos serviços e na difusão de novas tecnologias. As empresas desses segmentos visam atender essa nova geração de consumidores que se constitui um público exigente e ávido por inovações.
Preocupados com o meio ambiente e causas sociais, têm um ponto de vista diferente das gerações anteriores que viveram épocas de guerras e desemprego. Com o mundo praticamente estável e mais favorável à liberdade de expressão, esses jovens conseguiram se preocupar com valores esquecidos como vida pessoal, bem-estar e enriquecimento pessoal.

GERAÇÃO Z
Geração Z é a definição sociológica para definir geração de pessoas nascidas na segunda metade da década de 90 e nos anos 2000. É aceito que tenha começado em 1996, após o "Echo Boom" e terminado em 2010, onde seria sucedida por uma "Geração Alpha".
As pessoas da Geração Z são conhecidas por serem nativas digitais, estando muito familiarizadas com a World Wide Web, YouTube, telefones móveis e mp3 players, não apenas acessando a internet de suas casas, e sim pelo celular, ou seja, extremamente conectadas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Humor e condicionamento Pavloviano

Assim como a cão de Pavlov salivava ao ouvir uma campanhia, as adolescentes de hoje dão "gritinhos histéricos" ao ouvir a palavra Justin Bieber.



No experimento de Pavlov
1. Som da campainha (E. neutro)----->ausência de resposta;
2. Comida (E. incondicionado)-----> Salivação (R. incondicionada); (reflexo Incondicionado)
3. Som da Campainha (E. Neutro) + Comida (E. Incondicionado) ----> Salivação (Resposta incondicionda);
4. ...
5. ...
6. ...
7. ...
8. Som da campainha (E. Condicionado) -----> Salivação (Resposta Condicionada);

Com Justin Bieber
1. Música (de Justin Bieber, bem lá no início, quando ninguém o conhecia ainda) ----->sem gritinhos histéricos
2. Garoto bonito (qq garoto bonito e famoso) -------->gritos
3. música de Justin + visão dele (garoto bonito) ------>gritinhos histéricos
4. ...
5. ...
6. ...
7. ...
8. Palavra Justin Bieber ----->gritinhos histéricos

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Applied Behavior Analysis (ABA) - Análise Aplicada do Comportamento

De acordo com o Departamento de Saúde do Estado de Nova Yorque, procedimentos derivados da análise do comportamento são essenciais em qualquer programa desenvolvido para o tratamento de indivíduos diagnosticados com autismo. A academia nacional de ciências dos EUA, por exemplo, concluiu que o maior nº de estudos bem documentados utilizaram-se de métodos comportamentais. Além disso, a Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidos, afirma que ABA é o único tratamento que possui evidência científica suficiente para ser considerado eficaz.
O tratamento ABA envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que o indivíduo possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação funcional; comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; além de atividades da vida diária como higiene pessoal. A redução de comportamentos tais como agressões, estereotipias, autolesões, agressões verbais, e fugas também fazem parte do tratamento comportamental, já que tais comportamentos interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo.
Durante o tratamento comportamental (ABA), habilidades geralmente são ensinadas em uma situação de um aluno com um professor via a apresentação de uma instrução ou uma dica, com o professor auxiliando a criança através de uma hierarquia de ajuda (chamada de aprendizagem sem erro). As oportunidades de aprendizagem são repetidas muitas vezes, até que a criança demonstre a habilidade sem erro em diversos ambientes e situações. A principal característica do tratamento ABA é o uso de consequências favoráveis ou positivas (reforçadoras). Inicialmente, essas consequências são extrínsicas (ex. uma guloseima, um brinquedo ou uma atividade preferida). Entretanto o objetivo é que, com o tempo, consequências naturais (intrínsecas) produzidas pelo próprio comportamento sejam suficientemente poderosas para manter a criança aprendendo. Durante o ensino, cada comportamento apresentado pela criança é registrado de forma precisa para que se possa avaliar seu progresso.
O uso da Análise Comportamental Aplicada voltada para o autismo baseia-se em diversos passos: 1- avaliação inicial, 2- definição de objetivos a serem alcançados, 3- elaboração de programas/procedimentos, 4- ensino intensivo, 5- avaliação do progresso. O tratamento comportamental caracteriza-se, pela experimentação, registro e constante mudança. A lista de objetivos a serem alcançados é definida pelo profissional, juntamente com a família com base nas habilidades iniciais do indivíduo. Assim, o envolvimento dos pais e de todas as pessoas que participam da vida da criança é fundamental durante todo o processo.
Concluindo, ABA consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo ou transtornos invasivos do desenvolvimento se torne independente. O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área da aprendizagem e é hoje considerado como o mais eficaz.

Caio Miguel, Ph.D, Psicólogo, doutor em análise do comportamento pela Western Michigan Universit.
Artigo publicado no BAB - Boletim Autismo Brasil n.2, de junho de 2005.





terça-feira, 16 de novembro de 2010

Estímulos discriminativos (SD)

Para compreendermos o conceito de Estímulo Discriminativo (SD) precisamos, antes, retomar alguns princípios sobre o comportamento, aplicáveis tanto a organismos humanos como a outros menos complexos. O comportamento, seja ele reflexo ou operante, envolve sempre uma relação entre eventos ambientais (estímulos) e ações do organismo (respostas). Tais eventos controlam o responder e, por essa razão, sempre precisamos levá-los em consideração ao analisarmos um comportamento. São, portanto, variáveis determinantes do comportamento, ainda que o organismo nem sempre responda discriminativamente à elas – por exemplo, uma contingência pode produzir sentimentos aversivos, denominados “tristeza”, sem que a pessoa consiga relatar as variáveis que produziram esse sentimento.
Eventos ambientais podem ter funções de antecedentes ou de subseqüentes, conforme aparecem, respectivamente, antes ou depois da ocorrência da resposta. Analisaremos o papel dos antecedentes, para uma melhor compreensão do conceito de SD. No comportamento operante (aquele no qual não identificamos um estímulo eliciador que produza seguramente uma resposta filogeneticamente determinada) os eventos antecedentes têm o papel fundamental de determinar diante de quais estímulos, especificamente, uma resposta – selecionada por suas conseqüências (eventos subseqüentes) – produzirá reforçadores. Isso possibilita que o organismo economize energia diante de situações nas quais seu comportamento não seria reforçado.
O SD é uma das possíveis funções dos estímulos antecedentes. Em sua presença, a emissão de uma resposta será reforçada. Mais do que isso, o SD tem o poder de evocar respostas que foram instaladas na história de contingências do organismo. Ele, em conjunto com a conseqüência, nos permite compreender porque um indivíduo se comporta de determinada maneira em determinadas condições.
Para ilustrar um evento com função de SD, suponhamos a presença de um semáforo em um cruzamento de vias. Diante da luz verde, se o motorista avançar com o carro, seu comportamento será reforçado (o motorista continuará seu trajeto em segurança). Na presença da luz amarela e, especialmente, da luz vermelha, se o motorista avançar terá grande probabilidade de ser punido (de forma natural, caso se envolva em um acidente, ou de modo arbitrário, caso o guarda de trânsito o autue). Assim, a luz vermelha se torna um SD para o comportamento do motorista.
O conceito de SD pode ser estudado por meio das referências a seguir:
Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: Comportamento, linguagem e cognição. Porto Alegre: Artes Médicas.
Sério, T. M. A. P. Andery, M. A., Gioia, P. S. & Micheletto, N. (2002). Controle de estímulos e comportamento operante: Uma introdução. São Paulo: EDUC.
Michael, J. (1993). Concepts and principles of behavior Analysis. Kalamazoo: Society for the Advancement of Behavior Analysis.

Texto disponível em: http://www.terapiaporcontingencias.com.br/dialogo_edicao38.php

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Fazer Supervisão é importante?

A supervisão da prática clínica psicológica é a etapa culminante do treino de terapeutas, sendo considerada indispensável na formação de psicólogos clínicos. Segundo Edelstein e Brasted (1991) desde quando foi formada a seção clínica na APA, em 1919, os psicólogos vêm se preocupando com a questão da formação e do treino para a futura prática em psicologia clínica. Já em 1924, a seção clínica da APA recomendava que os psicólogos clínicos tivessem pelo menos um ano de prática supervisionada e residência em psicologia (Edelstein & Brasted, 1991).
A atividade de supervisão é um processo de ensino-aprendizagem.
A supervisão de terapeutas comportamentais é reconhecida como um meio chave pelo qual as habilidades são ensinadas, aprendidas e refinadas (Campos, 1989).
Após a formação o ideal seria todo psicólogo(a) se submeter a uma supervisão, seja em grupo ou individual, pois esta é uma complementação à formação do terapeuta.
A supervisão em grupo permite ao terapeuta aprender com um maior número de casos nos primeiros anos da carreira. O terapeuta precisa se dispor a discutir seus casos clínicos com colegas, em busca de atualização.
Para os iniciantes o supervisor ou os próprios colegas de supervisão funcionam como um modelo.
Fazer supervisão é importante SIM....por isso em janeiro estarei retomando minhas supervisões. Penso que não só para recém-formados as supervisões são importantes, mas também para os profissionais mais experientes; pois elas (supervisão) são oportunidades de trocas de informações, às vezes pessoas que estão de "fora" enxergam melhor algumas váriavéis que não estamos enxergando.

Fonte: Descrição de algumas variáveis em um procedimento de supervisão de terapia analítica do comportamento

domingo, 14 de novembro de 2010

Pense nisso...25

"O homem pode ser controlado por seu ambiente, mas é o ambiente quase todo construído por ele mesmo" (B.F Skinner).


sábado, 13 de novembro de 2010

Máquina da felicidade

Skinner fez a máquina de ensinar...a Coca-cola fez a máquina da felicidade!!!!

Quero uma máquina dessa na minha casa!!!!



MUITO REFORÇADOR!!!!!!!!!!


Você anda meio para baixo, sem amigos, sem motivação...
Abra uma Coca-cola! Abra a felicidade!!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Biofeedback em terapia cognitivo-comportamental

O termo biofeedback (biorretroalimentação) foi cunhado por Barbara Brown, em 1969, durante a criação da Biofeedback Research Society nos EUA (Green, Shellenberger, 2001). Trata-se de um campo genuinamente multidisciplinar, resultado de pesquisas nas áreas médica, psicológica, engenharia biomédica, teoria geral dos sistemas, cibernética, entre outros. Atualmente o biofeedback é empregado em diferentes áreas, tais como: educação, psicoterapia, medicina comportamental, medicina psicossomática, psicologia hospitalar, psicologia do esporte, reabilitação neuropsicológica, reabilitação neuromuscular, jogos eletrônicos e neuromarketing (Green, Shellenberger, 2001; Neves Neto, 2006a).
Conceitualmente pode-se definir a terapia pelo biofeedback como: “um grupo de procedimentos terapêuticos que utilizam instrumentos eletrônicos ou eletromecânicos para uma mensuração fidedigna, processada, e retroalimentada, para os pacientes e seus terapeutas com informação psicoeducacional e com propriedades de reforçamento sobre a atividade autonômica e neuromuscular, normal e/ou anormal, na forma analógica ou digital, sonora e/ou visual, obtida por meio de um competente profissional de biofeedback, com objetivo de auxiliar os pacientes a desenvolverem consciência, confiança e um aumento no controle voluntário dos seus processos fisiológicos, que estão normalmente fora da consciência ou com baixo controle voluntário, sendo primeiramente controlado por sinais externos, e então por meio de cognições, sensações, ou outros meios para prevenir, parar ou reduzir sintomas.” (Schwartz, Andrasik, 2003).....texto completo aqui

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Pense nisso...24

A escolha é clara: ou não fazemos nada e permitimos que um futuro miserável e provavelmente catastrófico nos alcance, ou usamos nosso conhecimento sobre o comportamento humano para criar um ambiente social no qual poderemos viver vidas produtivas e criativas, e fazemos isso, sem pôr em risco as chances de que aqueles que se seguirão a nós serão capazes de fazer o mesmo (B. F Skinner).

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Histeria coletiva x fanatismo

Justin Bieber, Jonas Brothers, Robert Pattinson e Kristen Sterwart (atores da saga Crépusculo), Restart, Luan Santana, entre outros levam seus fãs teens ao delírio, a histeria. 
Na adolescência é natural termos um ídolo, seja um artista, um cantor, uma banda. Nesta fase da vida a admiração ou inspiração por algo é traço característico.
Os fãs clubes desses artistas já tem não sei quantos associados.
É uma histeria coletiva quando esses fãs ficam sabendo que seus ídolos estarão em determinado hotel. Alguns adolescentes permanecem dias acampados em frente ao hotel de seus ídolos para conseguir um autógrafo. Eles se submentem ao sol, chuva, frio, empurra-empurra, correm o risco de serem pisoteados, etc, mas para eles isso não é "nada"e ainda dizem que vão onde for preciso para ficar próximos de seus ídolos. Gente o que é isso???
O que levam esses adolescentes a se comportarem dessa maneira?
Necessidade de pertencer a algum grupo? de possuir uma identidade social?
Na realidade o  adolescente busca encontrar uma referência exterior à família na qual possa se espelhar, tem necessidade de pertencer a um grupo de iguais, de possuir uma identidade social.
Já me deparei com um grupo de adolescentes vestidos com roupas inspiradas naquele grupo "coloridinho", o Restart. Também já vi meninos usando cabelo à Justin Bieber. Sem falar na saga crépusculo, o(s) livro(s) vendeu(ram) milhares de exemplares e ficou várias semanas no ranking dos livros mais vendidos; o mesmo aconteceu com Harry Potter.
Esses ídolos acabam servindo como modelos a serem seguidos.
Podemos chamar os comportamentos descritos acima de idolatria.
Agora se o adolescente passa a viver em função de seu ídolo, deixa de ir a escola, passa madrugada na internet vasculhando vida do ídolo, deixa de realizar atividades antes prazeirozas, se envolve em brigas por causa do ídolo, já entramos no campo da psicopatologia: o fanatismo.
Isolamento, intolerancia e isolamento são alguns dos sintomas que podem ser observados nos adolescentes fanáticos.




Clique na imagem para ampliá-la. Arte: Elaine Casado, original em http://empautaufs.wordpress.com/2010/07/13/o-fenomeno-fanatismo


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Entrevista motivacional (EM)

A Entrevista Motivacional (EM) é uma intervenção breve que visa trabalhar a resolução da ambivalência frente à mudanças de comportamentos dependentes.
São cinco os princípios básicos da EM: expressar empatia, desenvolver discrepância, evitar discussões, fluir com a resistência e estimular a auto-eficácia.
De acordo com Rollnick e Miller , EM é um estilo de aconselhamento diretivo, centrado no cliente, que visa estimular a mudança do comportamento, ajudando os clientes a explorar e resolver sua ambivalência. A EM engloba técnicas de várias abordagens, tais como psicoterapias breves, 'terapia centrada no cliente', terapia cognitiva, terapia sistêmica e até a psicologia social de persuasão. Neste sentido, a EM envolve componentes diretivos e não diretivos.
Uma sessão de EM é bem parecida com uma sessão de terapia centrada no cliente, aquela desenvolvida por C. Rogers. Nessa abordagem, o papel do terapeuta é não diretivo, isto é, ao invés de propor soluções ou sugestões para o cliente, oferece condições de crítica que propiciem ao cliente o espaço para uma mudança natural: tenta-se buscar as razões para mudança no cliente ao invés de impor ou tentar persuadi-lo sobre a mudança. Em essência, a EM orienta os pacientes a convencerem a si próprios sobre a mudança necessária.

Fonte aqui
 


 



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Falar palavrão

Eu já escrevi um post sobre falar palavrão aqui no blog e agora vi esta reportagem numa comunidade, onde  diz que falar palavrão alivia a dor.
Ops..ops.....concordo até certo ponto, se a dor for passageira, você acaba soltando um palavrão e "desfoca" a atenção da dor. 
Se você sem querer dá uma topada na quina da cama, bate o dedinho do pé na borda da porta, bate o cotovelo no box do banheiro, prende o dedo na porta do carro...aiai dói só de pensar...até aí tudo bem você dizer um palavrão,  você está descarregando um "estresse" momentaneo; falar palavrão dá uma sensação de alívio imediato da dor, é uma dor passageira. 
Agora...é se for uma dor crônica???
Será que o palavrão neste caso tem algum efeito?
Tenho lá minha dúvidas.
Ok, vamos lá, analisando as contingências....

domingo, 7 de novembro de 2010

Voltando a postar

Olá meus leitores, estou voltando a postar....peço desculpas por não atualizar meu blog na última semana....falta de tempo....correria....casos complicados no consultório...rsrs....
Aceito sugestões e críticas!!!



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